Tarcisio Motta promete ampliar atendimento humanizado e construir rede de casas de parto no Rio

Segundo o candidato, uma de suas prioridades será garantir que todas as maternidades da cidade ofereçam salas e quartos adequados para o parto humanizado

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Tarcisio Motta na maternidade Maria Amélia Buarque de Holanda

O candidato à prefeitura do Rio, Tarcisio Motta, visitou a Maternidade Maria Amélia Buarque de Holanda, no Centro da cidade, acompanhado de vereadores do seu partido. Durante a visita, Tarcisio afirmou que, se eleito, pretende assumir o comando da política de saúde municipal, com foco na ampliação do atendimento integral e humanizado em toda a rede de atenção materno-infantil.

Segundo o candidato, uma de suas prioridades será garantir que todas as maternidades da cidade ofereçam salas e quartos adequados para o parto humanizado, com equipes de profissionais capacitados para atender tanto as mães quanto os recém-nascidos. Ele destacou ainda a importância de valorizar os servidores da saúde para melhorar o atendimento, com o objetivo de proporcionar conforto e segurança às gestantes, além de reduzir as taxas de mortalidade materna e neonatal.

“Nosso compromisso é com o parto humanizado e a erradicação de qualquer forma de violência ou racismo no ambiente obstétrico. Vamos capacitar nossos profissionais e investir na infraestrutura das maternidades”, afirmou Tarcisio.

Propostas para ampliação da rede de atendimento

Além da infraestrutura hospitalar, Tarcisio promete construir uma rede de casas de parto, que atuarão de forma complementar às maternidades. Hoje, a cidade do Rio conta com apenas uma casa de parto, localizada em Realengo. O candidato se comprometeu a construir cinco novas unidades, conforme previsto na Lei 6.282, de autoria da vereadora Marielle Franco, aprovada em 2017. A lei determinava que essas casas de parto deveriam ser inauguradas até 2022, mas até agora, nenhuma obra foi iniciada.

“Precisamos ampliar urgentemente o acesso ao parto humanizado e às casas de parto na cidade. A Lei 6.282 foi aprovada com esse objetivo, e vamos garantir que ela seja finalmente cumprida” afirmou Tarcisio.

Mortalidade materna no Rio de Janeiro

Os números de mortalidade materna no Rio de Janeiro são alarmantes. Em 2023, a cidade registrou 71,9 mortes para cada 100 mil nascidos vivos, totalizando 44 mortes no ano. Somente no primeiro semestre de 2024, já foram contabilizados 24 óbitos maternos. O Brasil tem o compromisso de reduzir essa taxa para menos de 30 mortes por 100 mil nascidos vivos até 2030, de acordo com metas estabelecidas pela ONU. Países como a Holanda têm índices de apenas 1 morte por 100 mil nascidos vivos.

Os dados do Boletim de Mortalidade Materna da Prefeitura do Rio revelam que a Área de Planejamento 5.3, que abrange a Zona Oeste e tem o Hospital Pedro II como referência, apresentou a maior taxa de mortalidade materna em 2023, com 177,3 mortes por 100 mil nascidos vivos. Em seguida, vem a Área de Planejamento 2.2 (Grande Tijuca), com 132,5 mortes, e a Área de Planejamento 3.2 (Grande Méier), com 102,1 mortes. A região central da cidade, atendida pela Maternidade Maria Amélia Buarque de Holanda, registrou o melhor resultado, sem nenhum óbito materno.


Fonte: Boletim de Mortalidade Materna da Prefeitura do Rio (https://epirio.svs.rio.br/wp-content/uploads/2024/05/Boletim_Mortalidade_materna_2024_05_28.html#2)

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