O aposentado Paulo César dos Santos, morador da Rua Madalena, na Vila Tiradentes, em São João de Meriti, costumava ter problemas com a água em casa: ela chegava fraquinha e só de vez em quando. Enquanto isso, nos bairros próximos, a pressão era tão alta que até causava vazamentos e desperdício. Mas isso mudou. Graças aos investimentos pesados em tecnologia, a Águas do Rio conseguiu equilibrar esse abastecimento. Agora, Paulo e seus vizinhos têm água na medida certa, sem falta e nem desperdício. Isso só foi possível porque a concessionária adotou um sistema de inteligência artificial que analisa todos os dados de consumo, ajustando o fornecimento de forma precisa e adequada às necessidades de cada cliente, seguindo o padrão de uso de água dos moradores de cada região assistida.
Hoje, metade das unidades da Águas do Rio já são modernizadas e funcionam com tecnologia de ponta, operando de forma remota. Quando a concessionária começou, em novembro de 2021, só 66 das mais de 1,3 mil unidades como estações e sistemas de água tinham algum tipo de monitoramento automatizado, sendo necessária a intervenção humana na operação cotidiana. Hoje, quase 800 delas enviam dados em tempo real para o Centro de Operações Integradas (COI), que gerencia tudo de forma inteligente. Como resultado, a Águas do Rio conseguiu garantir um abastecimento eficiente e com menos desperdício de água potável, além de garantir redução de custos com energia elétrica e despesas operacionais desnecessárias. Só em São João de Meriti, onde Paulo mora, o investimento em tecnologia beneficiou mais de 160 mil pessoas.
“Herdamos um sistema de abastecimento muito antigo. Não apenas a parte hidráulica, mas a tecnológica. Imagina hoje, com as necessidades existentes, você trabalhar em um computador com Windows XP? A tecnologia que encontramos quando começamos a operar era, talvez, mais antiga que este sistema operacional”, comenta Victor Barreto, especialista em automação e telemetria do COI.
Uma das grandes inovações foi a instalação de válvulas inteligentes ao longo das redes de distribuição de água. Elas funcionam de maneira automática, através de sensores capazes de analisar, em tempo real, um alto volume dados para identificar problemas no sistema. Com isso também é possível ajustar a pressão da água de acordo com a demanda de cada área. Essas válvulas são controladas à distância e caso qualquer anomalia for detectada, o sistema ajusta imediatamente para garantir a vazão correta da água, oferecendo um abastecimento constante e seguro.
São mais de 18 mil dados calculados com informações como: níveis dos reservatórios, pressão nas redes e status das bombas, por exemplo. Se algum parâmetro foge do padrão, um alarme preventivo é emitido, e, com tempo hábil para resolução. Assim, os controladores do COI podem intervir no sistema, à distância, ou acionar uma equipe.
Em lugares como São João de Meriti, na Baixada Fluminense, São Francisco de Itabapoana, no interior do Rio de Janeiro, e até a Ilha de Paquetá, na capital, todo o sistema de abastecimento está 100% automatizado, garantindo que a tecnologia trabalhe para melhorar a vida dos moradores dessas regiões.
O objetivo da empresa é automatizar 100% de suas operações e, assim, cobrir toda a sua área atuação com estes dispositivos e sensores inteligentes. Seja nas áreas de divisa com outras concessionárias; nos reservatórios; nas estações de tratamento de água e de esgoto, ou mesmo nas válvulas espalhadas ao longo dos seus mais de 22 mil quilômetros de rede.
E a inovação não para por aí. O Centro de Operações Integradas, da Águas do Rio, já é o maior da América Latina e um dos maiores do planeta, atraindo a atenção de pesquisadores e investidores do mundo todo. Com toda essa modernização, a empresa está revolucionando o conceito de cidades inteligentes, onde a tecnologia é usada para criar um espaço urbano mais eficiente e sustentável, contribuindo para um desenvolvimento inovador, que valoriza aspectos econômicos, ambiental e sociocultural de cada local.