O tempo seco e a presença de fuligem têm causado um aumento significativo nos atendimentos de saúde na rede pública do Rio de Janeiro. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o número de casos de asma e bronquite registrados entre janeiro e agosto deste ano subiu consideravelmente em comparação com o mesmo período de 2023.
Segundo Daniel Soranz, secretário municipal de Saúde, a baixa umidade do ar e a poluição contribuem para o agravamento de doenças respiratórias. “A falta de umidade do ar explica o aumento de sintomas alérgicos. Nessa época do ano, vemos mais casos de doenças respiratórias. A umidade baixa facilita a disseminação de vírus e o surgimento de infecções e crises alérgicas”, disse Soranz ao Globo.
Dados da Secretaria apontam que 46,4% dos pacientes atendidos com sintomas respiratórios este ano foram diagnosticados com Rinovírus, enquanto 33,9% tiveram Covid-19, 10,7% Influenza, 5,4% VSR, 2,7% Adenovírus e 0,9% Influenza tipo B. Além disso, 43% dos casos analisados não apresentaram patógenos, indicando que as crises foram desencadeadas por fatores alérgicos.
Soranz também destacou algumas orientações para a população. “Recomendamos manter os ambientes arejados, deixar o sol entrar e usar recipientes com água ou toalhas molhadas para melhorar a umidade. Umidificadores de ar e plantas podem ajudar a manter o equilíbrio. É importante também prestar atenção aos ácaros e outros elementos que possam agravar alergias”, explicou. Ele reforçou a importância de procurar um médico em caso de sintomas graves, como febre ou falta de ar intensa, e sugeriu a ingestão de dois a três litros de água por dia para aliviar sintomas leves.