Teresa Bergher revela andar com solvente no carro para apagar suásticas pela cidade

Vereadora judia, Teresa Bergher foi autora da lei que autorizou o Memorial do Holocausto, inaugurado no dia 7 de dezembro em Botafogo

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Quem poderia imaginar que depois do século XX viria logo a seguir o século XI?”, perguntou-se certa vez o escritor israelense Amós Oz, em palestra proferida em novembro de 2015. O multipremiado autor era um ferrenho defensor de que a síndrome de nossa época é a luta entre os fanáticos e o resto de nós. Na esteira de sua indagação, grupos neonazistas cresceram 270,6% no Brasil de janeiro de 2019 a maio de 2021, totalizando pelo menos 530 núcleos extremistas com cerca de 10 mil membros.

A vereadora Teresa Bergher (Cidadania-RJ) orgulha-se de seu papel no combate ao fanatismo. Autora da lei que avalizou a obra do recém-inaugurado Memorial do Holocausto, no Morro do Pasmado, em Botafogo, ela não minimiza a importância do monumento no cenário atual. De acordo com Teresa, o monumento não é só para os judeus, e sim para toda a humanidade. “Hoje acontece com os judeus, amanhã pode acontecer com os cristãos”, explica a vereadora.

Idealizado por seu falecido marido Gerson Bergher, o memorial foi projetado pelo arquiteto André Orioli. Em sua base, a inscrição: “Não Matarás”. Contudo, os vinte metros de altura do monumento parecem pouco diante da quantidade de suásticas pichadas pelo Rio de Janeiro. Face à inação dos agentes públicos, Teresa assume a responsabilidade para si: carrega um solvente no seu carro para apagar as suásticas, e não são poucas as vezes em que precisa arregaçar as mangas para usá-lo.

No Aterro do Flamengo tinha uma enorme, e eu mesma fui apagar! Já aconteceu a mesma coisa na Linha Vermelha, na Penha, nos pontos de ônibus…”, pontua Teresa Bergher. “O preconceituoso não discrimina apenas os judeus, mas todos os segmentos da sociedade. É isso o que procuramos inibir e sempre denunciar”, completa a vereadora

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1 COMENTÁRIO

  1. Assim como a suástica nazista, outro símbolo nefasto responsável por genocídios epela barbárie sem freios devia ser também banido da face da terra: a foice e o martelo do comunismo. Esses dois regimes, juntos, são responsávels por quase 100 milhões de mortes.

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