Ternium anuncia investimento de R$ 650 milhões em projetos ambientais no Rio de Janeiro até 2030

Empresa reforça compromisso com descarbonização, economia circular e educação em Santa Cruz

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A Ternium, uma das maiores fabricantes de aço da América Latina, anunciou um investimento de R$ 650 milhões até 2030 em projetos ambientais para o centro industrial de Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro. Desde 2017, a companhia já aplicou R$ 450 milhões em iniciativas voltadas para a melhoria de desempenho ambiental de sua unidade, que tem capacidade para produzir 5 milhões de toneladas de aço por ano e gera 8 mil empregos diretos.

Compromisso com o ESG e descarbonização

A Ternium, que globalmente produziu 14,2 milhões de toneladas de aço em 2023 e gerou vendas de US$ 17,6 bilhões, tem intensificado seus esforços para alinhar sua operação às práticas ambientais, sociais e de governança (ESG). O plano global de sustentabilidade da empresa prevê investimentos de R$ 3,6 bilhões entre 2020 e 2030.

Segundo o presidente do Conselho de Administração, Paolo Rocca, o objetivo é expandir de forma sustentável:
“À medida que crescemos e expandimos nossa presença industrial pela América Latina, fazemos isso compartilhando valores e princípios sustentáveis, com um foco em fortalecer o posicionamento e a competitividade de nossas operações.”

A empresa também revisou seu plano de descarbonização global, alinhado ao GHG Protocol, com a meta de reduzir em 15% a intensidade das emissões de CO2 até 2030. O escopo inclui não apenas as emissões diretas, mas também aquelas associadas à cadeia de fornecimento.

Economia circular e eficiência energética

Entre os projetos locais, destaca-se a ampliação do uso de sucata na produção de aço em Santa Cruz. A nova instalação, prevista para 2025, aumentará para 16% a participação de sucata, o que significa que 160 kg de aço reciclado serão usados para cada tonelada produzida.

Outro exemplo é a reforma do Alto-Forno 3 na Usiminas, concluída em 2023 com um investimento de R$ 2,7 bilhões. A modernização do equipamento resultou em controles mais eficientes, reduzindo emissões de CO2 e materiais particulados. Paralelamente, a empresa está substituindo parte de sua matriz energética por energia solar, reforçando seu compromisso com fontes renováveis.

Educação e transformação comunitária

Além dos projetos ambientais, a Ternium mantém sua agenda de apoio à educação. A empresa está investindo R$ 260 milhões na construção da Escola Técnica Roberto Rocca em Santa Cruz, que será inaugurada em 2024.

O complexo contará com 576 vagas para o ensino médio técnico, com foco em mecatrônica e eletromecânica. Todas as vagas serão acompanhadas por bolsas de estudo, e os alunos terão acesso a laboratórios modernos, refeitório, ginásio e auditório.

A metodologia pedagógica será baseada no modelo STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática), com foco em projetos práticos e resolução de problemas reais. Esse modelo já é aplicado com sucesso em escolas do grupo no México e na Argentina.

“Nossa missão, desde o início, tem sido integrar a atividade industrial com a educação, como um fator de progresso na comunidade. A indústria só será sustentável com o apoio das comunidades,” destacou Rocca.

Ternium no Brasil

Com um investimento acumulado de R$ 25 bilhões nos últimos 12 anos, a Ternium consolidou sua presença no país por meio do centro industrial de Santa Cruz e de sua participação na Usiminas. A unidade de Santa Cruz é uma das maiores produtoras de aço do Brasil e desempenha papel estratégico na operação global da companhia.

A Ternium Santa Cruz

A Ternium Brasil, localizada em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio de Janeiro, é uma das maiores siderúrgicas da América Latina. Com capacidade para produzir cerca de 5 milhões de toneladas de placas de aço de alta qualidade por ano, a usina atende a indústrias como automotiva, óleo e gás, maquinário, linha branca, naval e de energia nos EUA, México, Brasil e Europa.

A planta industrial possui um layout compacto e integrado, onde as diferentes unidades estão próximas umas das outras, otimizando o processo produtivo. Além disso, conta com um porto próprio na Baía de Sepetiba, facilitando a exportação das placas de aço, e um ramal ferroviário que permite o recebimento de minério de ferro e o envio de produtos para clientes no Brasil.

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