por Marcus Tavares
O Rio de Janeiro vive um momento grave de insegurança, especialmente após a implementação da ADPF 635, conhecida como “ADPF das Favelas”. Esse cenário é agravado pela tolerância das autoridades locais e judiciais em relação aos grupos criminosos, resultando numa perda de controle sobre a violência. A situação atingiu um nível de barbárie e terror, como visto recentemente na Avenida Brasil, onde três trabalhadores perderam suas vidas.
Grupos armados, como narcotraficantes e milícias, aproveitam a instabilidade para espalhar o terror e a morte entre a população trabalhadora. A falta de ação do governo durante anos gerou caos, desordem, sofrimento físico e psicológico entre os cidadãos, forçando milhares de cariocas a deixarem suas casas, familiares e amigos, em um exílio silencioso. Esse movimento de fuga é acompanhado por traumas profundos, já que um pedido de socorro pode resultar em represálias contra parentes e amigos.
A passividade das estruturas governamentais alimenta a violência e o terror, que aumentam dia após dia. Do bairro de Anchieta à Lagoa, a paz é uma lembrança distante. Em regiões como Brás de Pina, Jacarepaguá e Barra da Tijuca, moradores enfrentam um clima intenso de terror, onde homens armados circulam livremente pelas ruas, até mesmo dentro de condomínios de luxo, como freqüentemente vistos nas redes sociais.
O carioca, antes conhecido por sua alegria e descontração, vive agora em constante tensão e medo. A presença de grupos armados é por toda parte, tornando o exílio social uma realidade para cada vez mais pessoas. Em áreas como Muzema, Barra da Tijuca e Jacarepaguá, ataques e seqüestros se tornaram comuns. Esse ambiente de medo não afeta apenas a segurança física, mas também a saúde mental dos moradores, com relatos de estupros, extorsões, espancamentos, ferimentos de projéteis e mortes de inocentes, são cada vez mais perceptíveis em cada cidadão desta cidade.
Diante desse cenário de terror, muitos cariocas se vêem impelidos a deixar suas casas. Embora o exílio seja doloroso, para muitos é a única forma de sobreviver. No entanto, essa fuga representa uma jornada dolorosa, onde sonhos e histórias são deixadas para trás na esperança de preservar a vida. Os desafios enfrentados por esses “exilados” são enormes: muitos se encontram abrigados em casas de parentes e amigos, que, mesmo sem estrutura para recebê-los, acolhem em meio ao cenário de guerra urbana.
A perda de dignidade e a incerteza sobre o futuro trazem ainda mais angústia para essas pessoas. Apesar de desejarmos fé e esperança aos cariocas em meio a essa situação, é essencial que os cidadãos cobrem os servidores públicos, que ajam com rigor para proteger a população. Sem essa cobrança, a palavra “esperança” corre o risco de se tornar um grande vazio.
Não tem como esse cenário mudar com:
– Militares fornecendo armas de guerra para o crime paralelo
– Políticos sendo eleitos em áreas tomadas
– Empresários lucrando com operações financeiras duvidosas
– Corte de Gastos coercitivo imposto pelo Mercado tirando poder de investimento
– Juízes pendurados em dossiê do poder paralelo
– Evangélicos e narcotráfico agindo em sociedade
Os debiloides pedem genocídio nas favelas, com extermínio de todos que moram em áreas conflagradas. Isso não é solução perene.
O problema é muito externo as favelas.
Eis que vc vai ler os comentários e ele é mais propositivo que a matéria…
Concordo 100% com vc.
Ótimo resumo. Eu destacaria que o crime organizado é um mecanismo da alta burguesia para controle do poder, através da imposição do medo sobre a população acuada. A culpa por quase todos os nossos males é dos donos do poder, ou seja, dos grandes empresários. Enquanto houver bilionários, não haverá paz.
Excelente síntese! É isso mesmo. Querem combater o crime organizado dentro da favela, mas o poder de fato tá fora dela, em gabinetes de repartição pública, em quartéis, em templos religiosos, em escritórios de empresas…
Única solução dessa gente é entrar em favela pra fazer tiroteio e chacina. Ação inepta.