O teste da vez foi o Hyundai Creta Sport 2.0. O novo SUV, que chegou em novembro por aqui, manteve o mesmo motor com 166 cv e 20,5 kgfm de torque, o mais potente da gama do Creta. A versão ganhou novos detalhes que o deixou mais esportivo, mas a esportividade ficou apenas no design, o desempenho nas ruas continua o mesmo. Vamos direto ao que eu achei dele depois de uma semana andando com o compacto utilitário.
Design
O Creta Sport é produzido na fábrica da Hyundai em Piracicaba (SP), a mesma do HB20. Mas sua plataforma é diferente, vem do Elantra e do Kia Soul. Num mercado com SUVs/crossovers ousados e bonitos como o Honda HR-V, o Nissan Kicks e o Renault Captur, o Hyundai Creta me parece um “tanto sem sal”, explico.
O pacote de equipamento não decepciona. A versão conta com controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, ar-condicionado automático digital, direção elétrica progressiva, retrovisores elétricos, câmera de ré, computador de bordo e piloto automático com controles no volante e acendimento automático dos faróis.
Para deixar o modelo com uma cara mais esportiva, o Creta Sport chega com vários elementos externos em preto brilhante nos para-choques, grade dianteira e até no spoiler traseiro. As rodas de liga leve da versão são de 17 polegadas e diamantadas. Dentro da cabine, há detalhes em preto fosco metalizado, bancos de couro, tecidos escuros, volante revestido de couro e acabamento interno do teto também na cor preta.
O Creta fica devendo um pouco na parte interna. O desenho é muito simples, sem inspiração, o SUV está longe de ter o carisma de seu irmãozinho HB20. O painel é simples com poucos comandos, o que é bem diferente de ser minimalista como o do Nissan Kicks (confira o teste da versão S 1.6 CVT aqui). O acabamento acima do painel e do volante poderia ganhar um acabamento melhor que o plástico duro padrão, seria mais um ponto positivo ao modelo.
Assim como na versão topo de linha Prestige, o Creta Sport tem uma tela de 7 polegadas sensível ao toque com acesso à varias funções. Além da conectividade Bluetooth, ele é compatível com Android Auto e Apple CarPlay.
Desempenho
Potência e torque que sobram na cidade ajudam na estrada. O motor 2.0 é exatamente o mesmo do ix35, com 166 cv e 20,5 mkgf no etanol. Ele trabalha em confortáveis 2.500 rpm a 120 km/h quanto garante boas retomadas. O Creta Sport tem partida a frio sem tanquinho e start-stop, com funcionamento bem discreto por sinal. Já o câmbio faz sua parte, reduz as marchas rápido, sem as segurar por muito tempo após uma ultrapassagem (a transmissão automática é sempre sequencial de 6 marchas).
As suspensões tem ajuste macio, que prioriza o conforto dos passageiros e faz bonito nas curvas. Já a direção elétrica é leve e facilita a vida do motorista nas manobras do dia a dia. Quando o assunto é desempenho, o principal ponto negativo do Creta são os freios a tambor na traseira, que são sempre ajudados com os freios a disco da dianteira. O espaço é bom para quatro ocupantes e o porta-malas leva até 431 litros.
Com preço um pouco acima dos R$ 95 mil, não dá para dizer que o Creta Sport é um carro barato, mas tem bons itens de série. Estão no pacote de fábrica direção elétrica, ar-condicionado automático e digital com saídas para o banco de trás, vidros elétricos automáticos. Há, ainda, sensor crepuscular, câmera de ré e controles de tração e estabilidade.
O site da gigante coreana, traz um comparativo interessante que mostra o Creta contra seus principais concorrentes no mercado, veja o resultado dele contra o Nissan Kicks, o Honda HR-V e o Jeep Renegade.
Preços e versões
Preços atualizados em janeiro pela montadora:
- Creta Attitude 1.6 manual: R$ 76.350;
- Creta Pulse 1.6 manual: R$ 81.150;
- Creta Pulse 1.6 automático: R$ 88.090;
- Creta Pulse Plus 1.6 automático: R$ 89.990;
- Creta Sport 2.0 automático: R$ 96.350 (*modelo testado);
- Creta Prestige 2.0 automático: R$ 102.580.
Pontos positivos
- Bom espaço interno, acima da média;
- Design bonito que não chama muita atenção;
- Sistema start/stop de série em todas as versões;
- 5 anos de garantia, já padrão nos carros da Hyundai;
- Saídas de ar para o banco traseiro (algo que deveria ser padrão em carros grandes).
Pontos negativos
- Falta dos airbags laterais que acompanham a versão topo de linha (segurança nunca é demais);
- Nada econômico, nem na estrada ele para de pedir gasolina, fez menos do que 12 km/l;
- Esqueceram as borboletas atrás do volante, num modelo com nome de “Sport”, isso é bem grave Hyundai.
Ficha técnica
- Motor: Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16V, comando duplo variável, flex;
- Capacidade: 1.999 cm³;
- Potência: 166/156 cv a 6.200 rpm;
- Torque: 20,5/19,1 kgfm a 4.700 rpm;
- Câmbio: Automático de seis marchas, tração dianteira;
- Direção: Elétrica;
- Suspensão: Independente McPherson (dianteira) e eixo de torção (traseira);
- Freios: Discos ventilados (dianteira) e tambores (traseira);
- Pneus: 215/60 R17;
- Dimensões: Comprimento: 4,27 m, Largura: 1,78 m. Altura: 1,63 m;
- Entre-eixos: 2,59 m;
- Tanque: 55 litros;
- Porta-malas: 431 litros;
- Peso: 1.399 kg;
- Consumo: Ciclo urbano (cidade): 6,9 km/l (etanol) e 8,2 km/l (gasolina) – Ciclo rodoviário (estrada): 10 km/l (etanol) 11,4 km/l (gasolina).
Já virou tradição sempre deixar um vídeo review de algum canal que gravou com o carro, desta vez deixo o vídeo da Giu Brandão com o Creta Sport 2018:
Existe uma versão do creta que se encaixa dentro dos descontos para deficientes…etc (ipi icm)