Teste Mitsubishi Eclipse Cross; muita segurança, tecnologia e design ‘dúbio’

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Review Mitsubishi Eclipse Cross

Quem nunca pensou em ter um SUV completão? Essa semana testamos o Eclipse Cross, o novo crossover da montadora japonesa Mitsubishi à chegar ao Brasil. Pudemos conferir o que ele trouxe de bom e de ruim para o mercado. Conto tudo abaixo, confira:

Design

Review Mitsubishi Eclipse Cross

O nome do antigo modelo esportivo da marca, só traz de referência mesmo a lanterna inteiriça na sua janela traseira. Porque de resto, o design não lembra em nada o antigo e adorado cupê. E é exatamente este ponto, no seu design externo, o que deixa muitos dos possíveis clientes na dúvida:

“É só diferentão”, “É feio mesmo, lembra o Citroen C4 VTR” ou “Bonito, chama bastante atenção aonde passa”.

O design interno é bem bonito, em sua maioria com acabamento preto (black piano). Na parte superior do painel temos acabamento emborrachado, nas braçadeiras temos plástico nos bancos traseiros e tecido que remete ao couro nas versões dianteiras.

O volante é bem moderno e com revestimento em couro. Já os bancos contam com couro bem macio e ajuste elétrico somente para o motorista.

O quesito conforto, o Eclipse Cross não perde em nada se comparado diretamente com o francês 3008 ou o alemão Tiguan.

Desempenho e extras

Design traseiro é diferentão
Visual pode trazer estranheza na primeira vista

No teste dentro da cidade não podemos por em prática a tração 4×4, mas podemos constatar que a potência dos 165 cavalos aparece bem forte quando o motor turbo é chamado. Os 25,5 kgf.m dá as caras logo aos 1.800 RPM. Tanto em retomadas como nas acelerações bruscas o pequeno motor fez bonito.

A direção elétrica é bem suave ao toque, mas se manteve bem segura e precisa em todos os modos, na lentidão do transito ou nas curvas ou manobras mais rápidas.

O câmbio CVT que simula 8 marchas não se mostrou ‘perdido’ em nenhuma situação. Não senti nenhum tranco ou tropeço da transmissão em todo o teste.

O sistema do Piloto Automático Inteligente, também conhecido como Adaptive Cruise Control (ACC), funcionou muito bem, tanto em baixa como em alta velocidade. O sistema semi-autônomo funcionou muito bem ao se manter em uma distância segura do carro à frente, mesmo com o velocímetro marcando 110 km/h.

Teste do Eclipse Cross
Espaço interno é muito bom e traz bancos traseiros reclináveis e deslizantes

Na hora da frenagem automática o receio no inicio é bem grande, mas com ele acionado, mesmo quando um carro entra na sua frente, ele se mostrou bem rápido e confiável. Nesse modo, você somente precisa ficar com o pé próximo ao freio, para numa emergência maior precisar acionar. O carro acelera e freia sozinho, ‘aprendendo’ com o trânsito da via. Quando motoqueiros ou até carros, se encontravam mais perto do meio fio, o sistema não os reconhecia.

O SUV médio também tem seletor de tração com três modos de condução: automático (atua no asfalto diário), neve (aqui se lê paralelepípedo molhado) e cascalho, com muita terra e pedras.

Além da boa estabilidade em curvas, graças ao seu bom conjunto de suspensão e rodas aro 18, o Eclipse Cross traz também alerta de saída de faixa, alerta sonoro do ponto cego, sistema de prevenção de acelerações involuntárias e sete airbags espalhados pela cabine.

No quesito consumo, o SUV se manteve numa boa posição, com bons 10,2 Km/L na gasolina dentro da cidade. A montadora informou que na estrada ele chega aos 11,5 ou 12Km/L, dependendo do ‘pé direito do piloto’.

Galeria

Conclusão

Review Eclipse Cross
SUV é importado e chega para completar linha de modelos da montadora. Ele fica entre o ASX e o Outlander

A comparação direta sempre vai mostrar que o pacote de itens do Eclipse Cross é sim bastante completo. E se o design ‘diferentão’ te agradar, o resto é tudo de bom! Só em se ter um sistema semi-autônomo, já é um ponto forte de venda contra os concorrentes. Nem todos trazem o mesmo sistema nesta faixa de preço.

O possível interessado precisa fazer um teste-drive e decidir, se a escolha do conjunto visa motor mais potente e maior diversão ou muita segurança e estabilidade unidas à um motor moderno mais econômico.

A montadora pode pensar em tornar a produção local mais para frente, o que ajudaria ainda mais o seu preço baixar perante aos primeiros colocados na briga. O Compass, da Jeep, vende sozinho mais de 5 mil unidades por mês, e a Mitsubishi espera que o Eclipse chegue inicialmente às 500 unidades mensais.

Pontos positivos

  • Motor turbo responde bem e se mostrou bem econômico;
  • Sistema semi-autônomo funciona muito bem no trânsito;
  • Bancos traseiros reclináveis e com trilhos deslizantes;
  • Teto solar duplo;
  • Faróis e lanternas são todos de LED e traz luz diurna DRL;
  • Banco de couro e 7 airbags de fábrica;
  • Waze, Spotify, Android Auto e Apple CarPlay rodam bem na tela touch de 7 polegadas;

Pontos negativos

  • Sem saída de ar-condicionado no banco traseiro;
  • Head Up Display não se ajusta para pessoas altas;
  • Banco com aquecimento no Brasil? Poderiam ter alterado para saída de ar;

Ficha técnica Eclipse Cross

  • Motor – 1.5 Turbo com 4 cilindros;
  • Potência – 165 cv e 25,5 kgf.m;
  • Transmissão – CVT de 8 marchas com variação contínua;
  • Tipo de direção – Integral 4×4 ou versão 4×2;
  • Passageiros – 5 ao todo;
  • Volume porta-malas – 473 litros;
  • Suspensão – Dianteira independente Mcpherson e Traseira Multi-link;
  • Rodas – De liga leve com aro 18;
  • Cores – vermelha, azul, preto, branco
  • Preços – Versão 4×2 – R$ 149.990 e Versão 4×4 R$ 158.390.

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