Você sente ciúmes? Acredito que todos nós temos um certo grau de ciúme. Isso demonstra que possuímos um vínculo emocional com outra pessoa e que gostamos dela.
O ciúme costuma vir da percepção de posse que temos da outra pessoa, principalmente em relacionamentos monogâmicos. Acreditamos que a outra pessoa é nossa e que qualquer indivíduo que demonstre interesse passa a ser considerado uma ameaça a essa nossa conquista.
Muitas vezes, ele pode ser um sinal de amor e cuidado, mas, em outras ocasiões, pode ser um sintoma de insegurança ou medo.
Na minha prática clínica, identifiquei três tipos de pessoas ciumentas.
A primeira é uma pessoa insegura, que acredita não ter tanto a oferecer e acaba vendo outras pessoas como ameaças. Geralmente, essa pessoa tenta controlar, sem se dar conta de que não é a outra pessoa que gera essa insegurança, e sim, sua falta de percepção das suas próprias qualidades. Resumindo, é sobre autoestima baixa.
A segunda é aquela pessoa que tem o potencial de trair, ou trai, e acaba achando que a outra pessoa tem a mesma capacidade.
A terceira é aquela que está em um relacionamento com uma pessoa que, verdadeiramente, não passa segurança e apresenta comportamentos duvidosos, gerando insegurança e falta de confiança.
O problema começa quando o ciúme se transforma em controle com a justificativa de cuidado e amor. Esse controle excessivo, disfarçado de ciúme, pode levar a relações abusivas, nas quais a liberdade e a individualidade são ameaçadas.
Por exemplo, quando outra pessoa controla com quem você sai, o que veste ou quem você segue nas redes sociais.
Pense no ciúme como o sal que tempera a comida. Na quantidade certa, realça o sabor, mas em excesso, arruína o prato. O importante é traçarmos a linha entre um ciúme saudável e um ciúme que controla e sufoca.
E, se você tiver dúvidas, pergunte-se: Eu me sinto controlada e sufocada ou segura e amada?