Thomytalks: Ele não me pede em namoro. O que fazer?

Colunista do DIÁRIO DO RIO explica o que fazer quando você sente que está sendo enrolada?

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Você já se pegou contando os meses, os encontros e até as mensagens trocadas, esperando aquele pedido especial que transformaria seu rótulo de “ficante” para algo mais oficial? Se sim, saiba que você não está sozinha nessa. A era digital nos trouxe infinitas possibilidades de conexão e novos rótulos, mas, paradoxalmente, também uma certa hesitação ou até barreira em rotular os relacionamentos. Mas, por que isso acontece e, mais importante, como lidar com esse novo modelo?

A realidade é que a dinâmica dos relacionamentos mudou significativamente nos últimos anos. Antes, você conhecia uma pessoa, saía exclusivamente com ela, namoravam ou nada mais rolava. Não tinha esse “test drive” nem incertezas.

A ascensão das redes sociais e dos aplicativos de namoro fez com que surgisse esse novo rótulo de “ficante”, que, cá entre nós, é um limbo que nunca sabemos no que vai dar. E sinceramente, não acho isso tão negativo. Toda evolução tem seus lados positivos e negativos. Acredito que esse novo modelo incentiva as pessoas a fazerem uma melhor avaliação antes de assumir um compromisso mais sério. O lado negativo é que muitas pessoas abusam desse novo modelo, enrolam a outra pessoa, ou se envolvem com várias ao mesmo tempo, com a chancela de serem apenas “ficantes”.

Para muitas mulheres, especialmente aquelas que valorizam a tradição ou simplesmente preferem que a iniciativa parta do homem, esperar pelo pedido de namoro pode se tornar uma verdadeira prova de paciência. E aqui, não há certo ou errado. Cada pessoa e relacionamento é único, e o que funciona para um casal pode não ser ideal para outro. Se você acredita que esse papel ainda é do homem, tudo certo.

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Em meus atendimentos, ouço relatos de clientes que não se sentiriam confortáveis em pressionar o parceiro por uma definição. Preferem que a iniciativa venha dele, mas essa expectativa pode gerar muita ansiedade. Acredito que não há problema em esperar, mas existe um limite para tudo. Geralmente, três a quatro meses são suficientes para que ambos avaliem se desejam ou não levar a relação adiante.

Se você está vendo alguém há mais de seis meses, já conheceu amigos e família, tem exclusividade, mas ainda não há um compromisso formal, é natural questionar o status da relação. Uma abordagem delicada pode ser perguntar como será apresentada em eventos familiares, uma maneira sutil de buscar clareza sem pressionar demais, por exemplo:

“Vem cá, na casa dos seus pais, como você vai me apresentar?” Claro, essa é apenas uma forma de você cobrar um posicionamento da outra pessoa, mas entendo que está longe do ideal. Se pudesse escolher, imagino que o melhor cenário seria partir da outra pessoa. Chegar nesse ponto é algo bem desconfortável. Mas, às vezes, é preciso assumir o controle para não ser mais enrolada.

Eu entendo o que está por trás da barreira de fazer isso, como o medo da outra pessoa se sentir pressionada ou você descobrir que isso não faz parte dos planos da outra pessoa, mas nesse caso, melhor saber agora do que um ano depois…

Na minha opinião, o mais importante é estabelecer um rótulo. E mesmo com a tendência crescente de se valorizar relacionamentos mais fluidos, sem definições claras, para muitas pessoas, os rótulos trazem uma sensação de segurança e clareza, inclusive o que pode e o que não pode. Eles estabelecem limites e expectativas.

Mulheres que desejam tomar a iniciativa e não veem problema em pedir o parceiro em namoro devem sentir-se livres para fazê-lo. Afinal, nos relacionamentos, não existem regras fixas ou receitas de bolo, apenas diretrizes que podem facilitar sua vida.

O importante é agir de acordo com suas crenças e, se você sentir que está sendo enrolada, assuma o controle da situação. Jamais deixe o destino da sua relação na mão do outro.

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Thomas Schultz-Wenk, também conhecido como ThomyTalks nas redes sociais, é psicólogo especialista em relacionamentos e términos. Foi Neurocientista do HUPE e INTO no Rio de Janeiro. Com uma fala direta e objetiva, sem enrolação, se tornou influencer no tema e é autor do livro "LibertEx: Como superar um término e esquecer o ex ou a ex". Atualmente, atende online e tem diversos cursos sobre relacionamentos.
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