Thomytalks: Relacionamento à distância é furada?

Colunista do DIÁRIO DO RIO traz sua própria experiência sobre os desafios do relacionamento à distância.

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Recebo essa pergunta frequentemente nas redes sociais. Sinceramente, tenho dificuldades para responder, pois já vivenciei um relacionamento à distância que não deu certo. Pelo contrário, cometi todos os erros possíveis e inimagináveis. Portanto, minhas reflexões sobre esse tema são um conjunto de minhas experiências profissional e pessoal.

Então, vamos lá…

Um relacionamento à distância é mais do que possível, mas enfrenta desafios únicos dos relacionamentos com pessoas da mesma cidade. O principal desafio é a insegurança de não estar com a pessoa com a mesma frequência que você gostaria, o que pode gerar insegurança. A preocupação com o parceiro saindo com amigos ou amigas em momentos que, normalmente, vocês estariam juntos, é comum.

Para fazer um relacionamento à distância dar certo, você precisa de duas coisas: confiança e comunicação. A confiança em si mesmo(a) é crucial. Se você tende a ser uma pessoa insegura, aviso que essa situação será bem mais desafiadora, pois num relacionamento à distância, não temos a mesma “percepção de controle” que temos quando estamos na mesma cidade.

A comunicação é necessária para se sentir tranquilo(a) em relação ao que está acontecendo e o que a outra pessoa está fazendo. Contudo, vale ressaltar que essa comunicação não deve ser uma forma de controlar a outra pessoa e monitorá-la constantemente, querendo saber os mínimos detalhes de onde e com quem ela está, pois isso pode até parecer transparência, mas, na realidade, é controle e desconfiança.

Agora, vou relatar um erro que cometi para que você evite cometer o mesmo. Nesse meu relacionamento, morávamos em cidades diferentes e quando ia visitá-la, ao invés de ficar apenas 2 ou 3 dias na casa dela, nos finais de semana, eu ficava uma semana e ela fazia o mesmo quando vinha me visitar. Isso, para aproveitarmos o tempo juntos. E o problema disso? Criamos uma intimidade rápida demais, uma “intimidade de rotina”, incluindo banheiro (número 2), manias, ou seja, tudo aquilo que tira o encanto da relação e que não deveria ser uma questão no início.

Pode parecer besteira, mas para um relacionamento dar certo, ele requer que passemos por fases: a fase do interesse, do encantamento, da atração, da vulnerabilidade e, por fim, da intimidade.

Percebe como a intimidade deveria ser a última fase, pois é nela que estão todos os aspectos não românticos de uma relação? E o ideal seria vocês já terem construído uma relação sólida e madura.

Pelo menos essa é a minha visão e experiência. Se eu pudesse dar um conselho para o Thomas do passado, seria: não apresse as coisas só porque vocês moram longe. Não force uma intimidade precocemente. Qual a pressa?

Ah! E antes que me esqueça, talvez você esteja se perguntando: “Thomas, e se forem países diferentes?”

Nesse caso, além da comunicação e confiança, é crucial saber se a outra pessoa ou você tem a perspectiva e planos de um dia se mudar, porque, se não, esse relacionamento está fadado a permanecer da mesma forma… distante.

Espero que minha experiência ofereça esperança de que relacionamentos à distância têm seus desafios, mas são possíveis.

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Thomas Schultz-Wenk, também conhecido como ThomyTalks nas redes sociais, é psicólogo especialista em relacionamentos e términos. Foi Neurocientista do HUPE e INTO no Rio de Janeiro. Com uma fala direta e objetiva, sem enrolação, se tornou influencer no tema e é autor do livro "LibertEx: Como superar um término e esquecer o ex ou a ex". Atualmente, atende online e tem diversos cursos sobre relacionamentos.

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