Vejo muitas mulheres me perguntando: “Os homens têm medo de mulheres independentes?” E minha resposta é sempre a mesma: “Homens, não. Meninos, sim.”
Meninos se sentem intimidados por mulheres autossuficientes que não precisam de um provedor. Eles acreditam que perder esse papel ameaça sua masculinidade e tentam sabotar os avanços e conquistas delas, diminuindo elas para se sentirem superiores.
Por outro lado, os homens de verdade se sentem estimulados a serem ainda melhores. Eles sentem orgulho e admiração, torcem por elas, sentem-se inspirados e ainda mais atraídos por essas mulheres. Orgulham-se de apresentá-las a todos, com o peito estufado e um sorriso bobo no rosto.
Acredito que essa diferença de atitude esteja relacionada ao papel tradicional do homem como provedor e centro da relação, enquanto a mulher era vista como uma mera coadjuvante, insuficiente sem ele. Machismo, sim. Insegurança, também.
Muitos homens vincularam seu valor e sua masculinidade a essa dinâmica antiga. Mas, infelizmente, continuam insistindo no erro, sem se dar conta que estão caminhando na direção contrária dos novos tempos.
Sei que este texto vai irritar muitos homens, ou melhor, meninos. Se isso te incomoda é hora de reconsiderar esse seu papel e desvincular sua autoestima da sua capacidade de prover ou de se sentir superior a outra pessoa. E eu entendo que essa mudança de paradigma não é fácil. Ela exige que abandonemos velhas crenças e enfrentemos nosso próprio ego. Um ego, muitas vezes, frágil.
Tenho vergonha de dizer, mas como homem, já cometi esse erro. Me vi numa competição e me senti inferior no meu relacionamento, como se tivesse perdido minha masculinidade. Não percebi o quanto isso era prejudicial. Nunca a diminuí, pelo contrário, sempre celebrei suas vitórias. Mas, internamente, sentia que, quanto mais ela avançava, mais distantes ficávamos. Uma distância criada inteiramente na minha mente insegura. Que erro o meu. Se tivesse compreendido que o sucesso dela também era o meu, teria evitado essa sensação horrível de competição.
Hoje entendo que um relacionamento é uma parceria, não uma competição. E o mais importante: Os papéis não se inverteram, como muitos pensam, eles se igualaram. Pode ser difícil compartilhar o pódium, mas não há mais escolha. Compartilhe ou caia dele.
Por favor, entendam: uma mulher independente não é uma ameaça ao seu status, mas uma inspiração para a sua própria evolução. Dois chegam onde um nunca chegará.
No fim das contas, o que define um homem não é sua capacidade de prover, mas sua habilidade de respeitar, apoiar e incentivar sua parceira em toda a sua independência. E se isso te incomoda, talvez seja hora de olhar no espelho e se perguntar: quem eu quero ser? Um menino assustado com o sucesso de sua mulher ou um homem que se orgulha de estar ao lado dela?
Eu já fiz minha escolha. E você?
Nesses novos tempos, com a mudança de paradigmas, quando será isonômico o tratamento da lei e das instituições a homens e mulheres, ou aproximando-se de tal, como já é realidade com democracias europeias (igual idade de contribuição e aposentadoria, afinal, nesses novos tempos mulheres não têm mais dezena de filhos e muitas independentes preferem sequer ter um, adota um pet).
Gostei do comentário, Daniel! Com tanto idiota (principalmente que escrevem matérias “jornalísticas” pela internet) postando *****, seu comentário é uma luz nas trevas do mundo (progressist”e”) que vivemos hoje, do absoluto RELATIVISMO MORAL, principalmente relacionado a gênero, pois não importa o ato em si, o que importa é quem está fazendo! Me lembrei até de um certo reality show esse ano em que uma “menina” apontou uma faca para um homem e não deu em nada! Se fosse ao contrário…