Tomás Coelho e Engenho da Rainha estão sendo obrigados a assinar internet e tv do tráfico

"Somos obrigados a fazer a internet 'dos caras', é caro e vive caindo. É um horror.", disse uma das vítimas da coação

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Imagem ilustrativa de cabos de energia - CC0 Domínio público. Foto: Px Here

Nos tradicionais bairros da Zona Norte da cidade, Engenho da Rainha e Tomás Coelho, passou a vigorar uma prática criminosa usualmente executada por grupos milicianos. Agora, o corte de cabos de internet e TV, para obrigar moradores da região a aceitarem serviços clandestinos, tem sido praticado por traficantes locais. As informações são do jornal O Dia.

Relatos de vítimas nas redes sociais afirmam que, após o corte no fornecimento dos serviços, os traficantes passam nas casas dos moradores oferecendo os serviços por eles prestados, com valores abusivos. Como atrativo, os traficantes destacam que, para a contratação de pacotes de internet ou tv, não é necessária a consulta no SPC ou Serasa, além de a instalação e o aparelho serem gratuitos.

Segundo uma moradora ouvida pelo jornal O Dia, a prática já é antiga, mas foi intensificada nos últimos tempos. “Somos obrigados a fazer a internet ‘dos caras’, é caro e vive caindo. É um horror. Alguém tem que nos ajudar”, disse a mulher ao jornal.

De acordo com a vítima, os serviços de internet oferecidos pelos traficantes são instáveis e mais caros do que os oferecidos pelas operadoras legalizadas. “Não é nada mais barato, pagamos R$ 105 por uma velocidade super lenta, sempre cai”, disse a mulher.

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Ao jornal, um morador de Tomás Coelho relatou que usava os serviços da Claro, cujos cabos foram cortados pelos bandidos, deixando os usuários das redondezas sem internet e tv. “Estamos sem os serviços porque os bandidos da região cortaram nossos fios e não querer deixar os funcionários reinstalarem nossos serviços de internet e tv”, afirmou o morador da Zona Norte.

O Dia informou que a Polícia Civil já montou uma força-tarefa para coibir e punir a receptação e comercialização de materiais metálicos em ferros-velhos. Segundo os agentes, vários criminosos já foram presos.

Procurada pelo jornal o Dia, a Conexis Brasil, associação das principais prestadoras de telecomunicações do Brasil, afirmou, através de uma nota que “o furto, roubo e também a receptação de cabos e equipamentos causam prejuízo direto a milhões de consumidores todos os anos, que ficam sem acesso a serviços de utilidade pública como polícia, bombeiros e emergências médicas. Em algumas cidades, como o Rio de Janeiro, o problema do roubo e vandalismo de cabos, geradores, baterias, entre outros equipamentos, se soma ao bloqueio de acesso das equipes das prestadoras para a manutenção de seus equipamentos, usados para a prestação do serviço. As operadoras ficam sem acesso aos equipamentos e impedidas de dar a manutenção necessária à prestação do serviço. O setor de telecomunicações defende uma ação coordenada de segurança pública envolvendo o Judiciário, o Legislativo e o Executivo, tanto o federal, quanto os estaduais e municipais, e a aprovação de projetos de lei que aumentem a punição para esses crimes e ajudem a combater essas ações criminosas.”

Denúncia podem ser feitas pelo telefone (21) 2253-1177; WhatsApp (21) 99973-1177 ou app do Disque Denúncia, com anonimato garantido.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Infelizmente o carioca se acostumou com o mar de irregularidades e ilegalidades. Vai as ruas defender a marcha pela liberação da maconha e não tem coragem para ir as ruas defender sua POLICIA e seus POLICIAIS contra o crime organizado e desorganizado que já domina 55% do território da Cidade do Rio de Janeiro. ACORDA CARIOCA. O CRIME ESTA BATENDO NA SUA PORTA.

  2. O Carioca tem “orgasmo” por essas práticas, pra ter estória pra contar. Como sempre são corporativistas: deixam o vizinho prazer uma coisinha aqui outra ali IRREGULAR, ILEGAL, pra poder fazer o mesmo. Aí enfraquecidos, sem poder exigir nada, vem a MILÍCIA e, “COME TODOS NO AZEITE”. Como mudar de atitude, tem que passar mais 500 anos, Aguentem!

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