Moradores do Riachuelo relatam que a política tem ameaçado o ressurgimento do Riachuelo Tênis Clube (RTC), um dos mais tradicionais do Grande Méier. A atração de 88 anos é uma das poucas opções do bairro que dá nome ao empreendimento e pode não reabrir caso haja o tombamento, que foi aprovado na sessão de quinta-feira, (09/03), na Câmara dos Vereadores. Localizado à Rua Marechal Bitencourt, o espaço possui um ginásio poliesportivo e uma piscina semiolímpica, que foram reformados desde o fechamento.
Um grande movimento de retomada do clube vinha se formando. Só que, para concluir a obra, segundo o presidente do Riachuelo, Emílio Alárcon, a agremiação necessitaria um empréstimo, o que fica impossibilitado com a medida. “Tive que fechar, pois quando assumi a presidência, além de não ter receita, não tinha alvará da Prefeitura e dos Bombeiros. Conseguimos regularizar tudo e só falta concluir a obra. Porém, nenhuma financeira vai emprestar a verba que falta, caso o espaço seja tombado. O que daremos de garantia se o local não puder ser vendido?”, queixa-se.
O Projeto de Lei para o tombamento é de autoria do vereador Márcio Ribeiro, da base do prefeito Eduardo Paes e que é publicamente ligado a dois outros clubes da região Magnatas e Garnier, ambos no Rocha, bairro vizinho, que teriam sido palco de campanhas eleitorais em 2022 para os hoje deputados Pedro Paulo e Guilherme Schleder. Poucos dias após a vitória de ambos nas urnas, Ribeiro criou o PL para o tombamento do Riachuelo Tênis Clube. “Recebi o vereador aqui e mostrei tudo em andamento, queria ajuda da Prefeitura. Márcio não falou nada do tombamento para mim e depois contou mentiras no plenário, inclusive sobre a regularidade de documentação, para induzir os demais parlamentares ao erro. Acredito que há interesse em favorecer os clubes mais próximos a ele, mas temos que ser democráticos e respeitar o trabalho de cada um. Eu não tenho pretensão política, só quero revitalizar o Riachuelo para a população, seja de esquerda ou direita”, completa Emílio.
Já o vereador Márcio Ribeiro afirma que o pedido de tombamento do imóvel não tem quaisquer relações politicas ou pessoais. “É pela preservação de um bem móvel, de valor cultural e importância histórica. O interesse é manter as características do imóvel, não permitindo que ele seja outra coisa que não um clube social, atendendo as demandas social, esportiva e cultural. Além disso, o valor afetivo para a população, já que é um imóvel que foi construído em 1935, que fez e faz parte da vida de muitas famílias da região”, conclui o vereador Ribeiro.
De acordo com a diretoria do clube, ao assumir a presidência, além da falta de alvará da Prefeitura e dos Bombeiros, o clube estava com dívidas trabalhistas, CNPJ bloqueado, com 300 azulejos da piscina quebrados, não tinha associados e o dinheiro cobrado pelo aluguel de uma antena telefônica, no valor de R$ 7 mil por mês, teria sido desviado pelo gestor anterior que hoje responde por isso na Justiça. Para retomar as atividades, Alárcon conseguiu vender o contrato da antena e recebeu R$ 510 mil para empregar o recurso na restauração do clube, que ainda está em andamento. O Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH) garantiu que não há nada para ser tombado dentro do RTC, segundo ele.
No passado, o Riachuelo conquistou três estaduais de Basquete e conseguiu o vice Sul-Americano em 1949. Também foi referência em Arco e Flecha, além de Carnaval de Bairro, quando atraía cerca de 3 mil pessoas de várias regiões. Quando for aberto, haverá também eventos de lutas como MMA no espaço.
Para o vereador Rogério Amorim, o caminho é o destombamento do clube ou não irá sanar as dificuldades financeiras ainda existentes. “O espaço não pode ser subutilizado, o que vai acontecer caso não consiga recursos por empréstimos, por causa do tombamento, para concluir a reforma”, alerta.
O vereador Pedro Duarte agora vai unir forças para batalhar pelo veto e para mantê-lo na Câmara. Os vereadores Cesar Maia e Teresa Bergher também votaram contra o PL de Ribeiro. Duarte tem acompanhado o caso desde que viu um pedido de ajuda do presidente do clube na porta do gabinete de Ribeiro, que é vizinho ao dele e respondeu ao e-mail enviado a todos os vereadores e fez a ponte com o IRPH.
Segundo especialistas do mercado imobiliário, o tombamento de um imóvel tão horizontal desvaloriza muito a garantia e, embora não torne o imóvel sem valor algum, acaba dificultando bastante sua liquidez.
Por que tem quebrar o imóvel como garantia para obter empréstimo quando poderia obter receita junto à comunidade e comerciantes local maiores beneficiados com a abertura do clube?
Matéria maravilhosa!! Nós moradores da região estamos aguardando a reabertura do clube desde a nova gestão, mas infelizmente por falta de recursos financeiros ou investimentos de parceiros, as obras pararam. Sou testemunha ocular de tudo que já foi feito de melhorias no clube. A diretoria trabalhando de sol a sol, tanto na administração como no trabalho braçal. Sim, é isso mesmo!! É mão na massa!! Só tenho a reconhecer todo empenho que os senhores Emílio Alarcón (pai/filho) têm prestado ao RTC desde a sua gestão. Enquanto que o anterior “Chiquinho” nada fez pelo clube e o deixou em estado de abandono.
Graças a Deus a nova diretoria a frente dessa empreitada está tentanto trazer de volta ao bairro Riachuelo o que tantos esperam; esporte e laser, reunião familiar, eventos diversos.
Aí vem um vereador de plim, que não conhece nada da história do Clube e nem do bairro Riachuelo promover uma PL para tombamento do clube, faça-me o favor né!!?
CONTAMOS COM APOIO DE OUTROS POLÍTICOS PARA DERRUMAR ESSA PL.
POR FAVOR!!!!