Empresários bem sucedidos estão acostumados a ultrapassar todos os tipos de adversidades. Quando são entrevistados ou convidados a dar palestras não é incomum que digam: “Por trás de todas crise, sempre existem grandes possibilidades de fazer bons negócios”. E a frase, que já é lugar comum entre estudantes de administração, profissionais de marketing e empreendedores encontra ressonância no mercado imobiliário do Rio de Janeiro.
Apesar de toda a destruição e paralização causada pela pandemia do novo coronavírus, em 2020, o Valor Geral de Vendas (VGV) de lançamentos na cidade alcançou R$ 3,8 bilhões, contra R$ 3,6 bilhões de 2019. Os dados são Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio (Ademi-RJ) e repercutidos na coluna de Ancelmo Gois, de O Globo.
Ainda segundo a Ademi, as negociações no mercado imobiliário do Rio registram, no último trimestre de 2020, aproximadamente R$ 2 bilhões em vendas. O que demonstra uma retomada econômica na cidade. A Zona Oeste foi desbancada pela Zona Sul, onde bairros, como Botafogo, Flamengo, Leblon foram os campeões em vendas, entre 2017 e 2020.
Mas o mercado imobiliário do Rio não é o único a se dar bem no contexto pandêmico. Levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em conjunto com a Confederação Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), revelou que o mercado imobiliário brasileiro registrou um aumento de 9,8% em suas vendas em 2020, se comparado com 2019. Foram 16.955 unidades negociadas país à fora.
As dificuldades, no entanto, existem e estão relacionadas à falta de matérias de construção ou ao aumento dos preços de muitos itens, o que foi considerado como o principal desafio no 4º trimestre de 2020 por empresários do setor. De acordo com pesquisas da Fundação Getúlio Vargas, os preços dos materiais em 2020 registraram alta de 19,6%, a maior do período pós-real, sendo que alguns itens tiveram reajustes superiores a 50% no ano.