Transferências de voos do Santos Dumont para o Galeão devem começar em janeiro

Mário França, ministro de Portos e Aeroportos, apoia a revitalização do terminal da Zona Norte. França cobrou mais empenho da Changi, operadora do aeroporto

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Pista do Aeroporto do Galeão - Foto: Reprodução

O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), anunciou nesta segunda-feira (19), que a transferência de voos do Aeroporto Santos Dumont (SDU), no Centro da cidade, para o Aeroporto Internacional do Tom Jobim (RIOgaleão), na Zona Norte, deve começar em janeiro de 2024 e transcorrer de forma progressiva. França adiantou ainda que, a partir de outubro deste ano, terá início a redução nos horários dos voos do SDU, para desafogar o terminal. As medidas vêm depois do anúncio de Eduardo Paes (PSD), de que o Governo Federal havia aceitado as propostas de restrição dos voos do Santos Dumont por parte das autoridades do Rio de Janeiro.

Márcio França, que participou da inauguração de uma sala multissensorial no SDU, nesta segunda-feira, destacou ser necessário dar tempo para que usuários e companhias aéreas se preparem para se adequar às mudanças, sem ônus para as partes.

“A implantação das medidas é progressiva. Quando uma pessoa adquire uma passagem, não podemos chegar e falar que a passagem adquirida não tem validade. As companhias têm que ser preparadas para isso. Já tínhamos decidido que, a partir de outubro, faríamos uma redução para chegar em 9 milhões, 9,5 milhões de passageiros (por ano)”, disse o ministro durante o evento, conforme noticiou o jornal O Globo.

As rotas que permanecerão no Santos Dumont são a ponte aérea para Congonhas, em São Paulo, e os voos para Brasília, conforme acordo firmado entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Eduardo Paes. Os demais destinos domésticos serão todos transferidos para o terminal da Ilha do Governador. Ainda segundo o acordo, não será mais permitida a realização de check-ins no SDU para voos internacionais. Atualmente, passageiros de voos para o exterior realizam o procedimento no terminal para despachar bagagens e efetuar conexões para cidades internacional a partir do Santos Dumont. Com a medida, as autoridades esperam intensificar a movimentação no Tom Jobim.

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Em 2014, o terminal da Ilha do Governador recebeu 17 milhões de passageiros. Mas ao final do de 2022, o Galão recebeu quase um terço dessa movimentação – quase 6 milhões de viajantes. Enquanto isso, o Santos Dumont operou sobrecarregado, com um fluxo de mais de 10 milhões de passageiros, em 2022.

França defende revitalização do Galeão

A proposta de redução de voos do Santos Dumont para promover a revitalização do Galão foi defendida por Márcio França. A lógica da proposta de Eduardo Paes e do governador Cláudio Castro (PL) é de que o Rio de Janeiro precisa de um terminal internacional forte que atraia voos internacionais e transporte de cargas. As conexões com outras cidades brasileiras, no entanto, são essenciais para atrair as rotas internacionais.

O ministro comentou que, grande parte do usuários preferem a praticidade de embarque no Santos Dumont, além de desfrutar do belíssimo pouso e decolagem que o aeroporto proporciona.

“Se deixar, todo mundo quer parar no Santos Dumont. Além de tudo, o Santos Dumont é uma pintura. É considerado um dos pousos e decolagens mais bonitos do mundo”, destacou Márcio França, segundo o veículo.

Concessionária

O Galeão é administrado pela Changi, de Cingapura, desde 2014. Em fevereiro do ano passado, a operadora decidiu pela devolução do terminal à União. No início deste ano, a Changi sinalizou que poderá voltar a atrás. Diante do anúncio, o Governo Federal solicitou informações ao Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a efetivação dessa possibilidade.

As medidas tomadas pelas esferas federal, estadual e municipal, segundo Márcio França, devem gerar um acréscimo de 8 milhões de passageiros. Número pequeno, se comparado à estrutura do Galeão. Fato que fez o ministro cobrar mais emprenho por parte da Changi.

“Este ano, o Galeão está aumentando e vai para quase 8 milhões, mas, ainda assim, é insuficiente, porque é um aeroporto grande, muito bem montado, com a maior pista do Brasil. Queremos muito que a empresa Changi faça a parte dela também, coloque outros empreendimentos. É uma área de 6 milhões de metros, cabem vários empreendimentos lá”, ressaltou o ministro, conforme reportou o jornal O Globo.

A assessoria da RIOGaleão afirmou, por meio de nota, que a “coordenação dos aeroportos do Rio de Janeiro e o consequente aumento da conectividade da malha aérea permite que a cidade volte a operar como um dos principais hubs do país. Essa condição possibilita ao Rio de Janeiro explorar e ampliar todo seu potencial turístico e econômico, contribuindo com o desenvolvimento do Brasil”.

As informações são do jornal O Globo.

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9 COMENTÁRIOS

  1. Medida totalmente desconexa com os outros projetos que tem o objetivo de movimentar o centro. Imagina a quantidade de pessoas a menos que haverá no entorno? A Azul ao que parece vai praticamente deixar de operar no RJ. Refém de duas empresas, diminui-se a oferta de assentos, naturalmente o valor do bilhete sobe. E os trabalhos gerados direta e indiretamente ali? Pensando no trajeto para o Galeão, feito por transporte público, obrigará o usuário a pegar o metrô, depois o VLT, para desembarcar de frente ao SDU, para pegar uma barca para o GIG, daí finalmente um transfer para o aeroporto. Projeto que se iniciado hoje, levará no mínimo dois anos para ser concluído.

  2. Excelente, mt bom ver o Galeão com perspectivas de voltar a ser o que era!
    Toda mudança desagrada uns e agrada outros e segue o baile, o que não dava mais era pra continuar a concentração no SDU… hj muitos aeroportos estão longe dos centros urbanos.

  3. Eu sei que o galeao é importante para o RJ o que eu acho engraçado e que as otoridades pois se fossem autoridades não agiriam assim.todos sabem os problemas do galeao e Ninguém faz nada eles acham que uma canetada resolve tudo.tres são os principais do galeao. Acesso.seguranca.transporte o estacionamento era péssimo não sei se mudaram alguma coisa a sinalização visual e péssima poucas placas confusas que não ajuda em nada.

  4. O problema do Galeão é o afastamento. Não tem ligação nenhuma com modais. Quem vai usar o BRT que passa naquelas áreas esquisitas. E quando tem tiroteio na linha vermelha e é fechado e você perde o voo. Se fosse eu faria conexão Brasília e Congonhas Santos Dumont.

  5. O portinho aéreo do Centro vai continuar com restrições ao NÚMERO de passageiros. Não há a menor chance de o RJ continuar alimentando hubs de outros estados, pois não haverá assentos.

    Ideia genial: fazer mil conexões, ao invés de pegar um voo direto.

    A passagem vai sair bem “barata”. Pode confiar.

  6. Vai trocar seis por meia dúzia., para evitar o estupro das futuras taxas de reféns que a administradora vai cobrar , as cias aéreas com certeza irão retirar os voos que partem do galeao para Brasília e São Paulo(gru) e transferir para o Santos Dumont .

    Aos que tem pavor de galeão , deverão vir de Teresina, São Luiz , Natal e Região Norte por escala em Brasília.e.depois Santos Dumont E quem vem do Sul como : Porto Alegre , Florianópolis e Curitiba chegará por escala em Congonhas e depois Santos Dumont.

    E QUEM VEM DE VITÓRIA E BELO HORIZONTE COM CERTEZA ESTA REPROVANDO POIS SEMPRE UTILIZARAM O SANTOS DUMONT PARA VIAJEM.

    NINGUÉM GOSTOU DESTA OBRIGAÇÃO DE DEIXAR DE VOAR PELO AEROPORTO MAIS CHARMOSO DO MUNDO.

  7. As cias aéreas serão refém da administradora e sofrerão preços de taxas de serviços exorbitantes e para piorar NINGUÉM ,
    GOSTOU DESSA SOLUÇÃO. NEM CIA AÉREA E NEM USUÁRIO.

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