Quase todos os brasileiros maiores de idade já foram abordados, pelo menos alguma vez na vida, por representantes de Organizações Não Governamentais (ONGs) solicitando doações – seja na rua ou por telefone e e-mail. No país, está se criando, cada vez mais, uma importante cultura de doações: hoje, quase sete em cada 10 brasileiros afirmam que costumam realizá-la periodicamente, segundo pesquisa do Idis (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social).
Ainda assim, a mesma pesquisa mostrou que entre 2015 e 2020 o percentual de doadores de todos os tipos (dinheiro, bens e trabalho voluntário) caiu: enquanto em 2015, 77% da população havia feito algum tipo de doação, cinco anos depois, o percentual ficou em 66% – o que, segundo o levantamento, pode estar relacionado à prolongada crise social e econômica enfrentada no Brasil nesse período. No começo da pandemia, houve um aumento de doações, porém a mobilização social diminuiu, acompanhada de um cenário macroeconômico desafiador que reduziu e estagnou as arrecadações em uma parcela das organizações: a Ação da Cidadania, sediada no Rio de Janeiro, por exemplo, que chegou a arrecadar mais de R$ 100 milhões em 2021, e no ano passado teve esse número reduzido para menos da metade.
Em momentos como esse, tanto as ONGs que precisam se manter, quanto as próprias pessoas que estão acostumadas a doar passam a recorrer a outras fontes e formatos de apoio, que vão desde a doação de tempo como voluntário quanto a formas alternativas de doação. Entre as alternativas, uma das formas que tem se popularizado é a conversão de pontos ou cashback de programas de fidelidade em doações para instituições sociais.
“É muito importante o envolvimento dos consumidores no desenvolvimento sustentável. Tanto nossas escolhas de produto e embalagens quanto a troca de pontos desses programas de fidelização para apoio a projetos socioambientais impactam diretamente esse âmbito”, explica Victor Salviati, superintendente de inovação e desenvolvimento institucional da Fundação Amazônia Sustentável (FAS). “No caso da FAS, essa ajuda fortalece nosso trabalho de proteção dos direitos dos povos da floresta e a conservação de um dos biomas mais importantes do mundo, a Amazônia”, complementa.
A Stix, primeiro ecossistema brasileiro de programas de fidelidade que reúne varejistas de abrangência nacional, oferece essa possibilidade aos seus mais de 4 milhões de clientes. As doações vão de 200 a 1000 stix – que correspondem a 2 e 10 reais, respectivamente – e podem ser realizadas quantas vezes a pessoa quiser. “Na Stix, os pontos foram feitos para serem realmente trocados, sempre de maneira rápida e cômoda. Por isso, trabalhamos constantemente para aumentar as possibilidades de troca e acúmulo de stix pelos clientes que fazem parte do nosso ecossistema. Dentre todas essas possibilidades, não podíamos deixar de fora a troca de stix por doações, que permite que as pessoas usem os benefícios do programa para fazer o bem”, explica Alexandre Rodrigues, diretor Comercial e de Marketing da Stix.
Na prática, a corrente do bem tem dado muito resultado: em dois anos, os clientes Stix doaram mais de 8,1 milhões de stix para instituições filantrópicas, que equivalem a mais de R$ 81 mil. O Instituto GPA é responsável por direcionar todas as doações a organizações parcerias seguindo a escolha feita pelos próprios clientes “O Engajamento Social é um dos nossos pilares de atuação, buscamos contribuir com ações transformadoras, convidando nossos clientes e parceiros nesse propósito e a doação é uma forma de possibilitarmos isso. Às vezes, atitudes que, individualmente, não percebemos o impacto que podem ter, ao se somarem, podem ter um resultado representativo, como é o caso das doações de pontos”, comenta Renata Amaral, gerente do Instituto GPA.
“A parceria com a Stix oferece aos clientes a possibilidade de conhecer e apoiar o trabalho que a Ação da Cidadania desenvolve há 30 anos no combate à fome. A cada R$1 arrecadado equivale a um prato de comida, isso significa que toda doação é capaz de transformar a vida de milhares de famílias em todo o país”, reforça Rodrigo “Kiko” Afonso, diretor-executivo da Ação da Cidadania.
Atualmente, os clientes do ecossistema de fidelidade podem contribuir com quatro causas diferentes: educação, combate à fome, meio ambiente e animais. Para isso, a Stix conta com ONGs parceiras que desempenham importantes trabalhos no Brasil. No Rio de Janeiro, é possível doar para:
- Uneafro: movimento que se organiza em núcleos de educação, em defesa da educação diversa e em prol de igualdade de oportunidades e justiça racial.
O que faz?
Seu trabalho mais conhecido são os cursinhos pré-vestibulares comunitários que atendem jovens e adultos oriundos de escolas públicas, prioritariamente negros e negras, que sonham em ingressar no Ensino Superior e preparar-se para o ENEM ou Concursos Públicos.
Site oficial: https://uneafrobrasil.org/
- Ação da Cidadania: presente em todos os estados do país, a organização trabalha para combater a fome e a desigualdade socioeconômica, e levar dignidade para milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza.
O que faz?
Arrecadação de donativos e alimentos, ações emergenciais para públicos em situação de vulnerabilidade social, inclusive com entregas de eletrodomésticos e itens de higiene, limpeza e vestuário. Atua no debate e propostas de políticas públicas com o objetivo de contribuir com a garantia, desenvolvimento e fortalecimento das ações estaduais e nacionais de Segurança Alimentar e Nutricional. Incentiva também a formação nas áreas de cidadania, cultura e empreendedorismo.
Site oficial: https://www.acaodacidadania.org.br/