Transporte Público: integração é a solução?

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Cleiton Rodrigues, cleitonsr@globo.com, é bacharel em Direito e articulador político do Democratas no Rio de Janeiro

Cleiton RodriguesJá faz tempo que estamos reclamando do sistema de transporte público em nossa cidade. Virou rotina as inúmeras panes nas estações de metrô e trem, os problemas com linhas de ônibus, as irregularidades dos táxis ‘piratas’ e muitas outras situações. Mas temos que reconhecer que a situação já foi muito pior. Hoje, com a implantação do BRS (‘bus rapid service’ – serviço rápido de ônibus) em vários pontos da cidade, o trânsito melhorou um pouco, os atrasos diminuíram e passamos a ser melhor atendidos. Porém, muito ainda pode ser feito.

As frotas dos ônibus precisam ser modernizadas, climatizadas e 100% prontas para atender aos deficientes físicos. Além disso, os motoristas e cobradores precisam ser bem remunerados e treinados para atender à necessidade de cariocas e turistas. As estações de metrô, por sua vez, merecem uma comunicação melhor, principalmente para os visitantes de nossa cidade. Já ficou claro que os turistas querem conhecer o Rio de Janeiro como um todo, da Zona Norte à Zona Sul, sem preconceitos.

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Mas o que considero extremamente relevante é uma integração mais justa entre os transportes públicos. Vejamos o exemplo de Londres, na Inglaterra. O passageiro pode comprar um cartão, determinar as áreas da cidade pelas quais pretende transitar, usufruir de todos os utilitários disponíveis (ônibus, trem, metrô) quantas vezes quiser por dia, durante o período em que ele mesmo escolher (diário, semanal, quinzenal ou mensal). Ou seja: não há um limite de horas para que ele utilize os transportes sem que precise pagar mais de uma vez. Justo, não é? E você, o que acha?

Ih, apagaram a luz!
No início do mês assisti a uma reportagem feita na Cidade de Deus, na região conhecida como Vila da Conquista, que estava sem iluminação pública, apesar de os moradores comprovarem o pagamento da polêmica da taxa de iluminação.

A matéria impressionava pelos depoimentos. Um dos moradores afirmou que ficava inseguro por transitar no local, que não tinha qualquer tipo de luminosidade. Um outro frequentador do local disse que utilizava luz das casas para poder caminhar na rua e que já havia presenciado inúmeros acidentes por conta da falta de iluminação.

Porém, o que mais me surpreendeu foi o posicionamento da Secretaria de Conservação, que informou que a região da Vila da Conquista está em litígio – envolvida num processo judicial – e que só depois de a ocupação do terreno ser regularizada é que a Rioluz poderá planejar uma ação de iluminação pública. Sobre a taxa de iluminação pública, pasmem: a secretaria disse que é cobrada para todos os moradores da cidade, recebendo ou não a luz.

Ilegal, e daí?

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