O Rio espera uma temporada de cruzeiros com cerca de 500 mil turistas na cidade. Por isso, existem algumas intervenções previstas dentro de um pacote de medidas começou esta semana: a dragagem do trecho da Baía de Guanabara diante do terminal de passageiros na Praça Mauá. A obra é necessária para receber navios de grande porte, que exigem calados maiores. A informação foi divulgada pelo jornal “O Globo”.
A previsão é que o Rio tenha o segundo maior movimento de passageiros de cruzeiros de sua história. O recorde ocorreu na temporada 2010/2011, quando a cidade recebeu 641.121 visitantes.
A dragagem deve tirar cem mil metros cúbicos de areia e detritos do fundo da baía, quantidade suficiente para encher mais de 50 piscinas olímpicas. As ações se darão no ponto de atracação e na chamada “bacia de evolução”, área próxima ao porto onde os navios manobram para chegar ao cais e sair de lá. A última grande dragagem na baía ocorreu em 2011, quando foram removidos 3,9 milhões de metros cúbicos, incluindo os limites das áreas de cargas e de passageiros.
Outras medidas também foram tomadas para melhorar a infraestrutura. Com uma equipe reduzida de apenas 15 pessoas na baixa temporada, o Pier Mauá está contratando 250 pessoas, entre turismólogos, estudantes de turismo e pessoal de apoio para trabalhar na recepção dos visitantes. Além disso, o controle de bagagem ganhou equipamentos de raios X mais modernos.
Quem paga pela dragagem?
Causa estranheza essa dragagem, pois além de ter que ser realizada em tempo recorde (a temporada desses está muito próxima de se iniciar), a movimentação de terra será muito pequena para tamanho aparato a ser montado (39 vezes inferior a de 11 anos atrás).
Em 2011, foi modulado um canal para permitir o acesso do RMS Queen Mary 2 (que tinha 12 metros de calado), um dos maiores transatlânticos do mundo, de forma que acredito que simplesmente os maiores detritos sejam removidos deste canal, sem que haja de fato, uma remoção de todo material (tirar da baía).