A administração do famoso Trem do Cristo Redentor — que leva os turistas da histórica estação do Cosme Velho até o alto do Corcovado — não está nada satisfeita com os serviços prestados pela Light. A fornecedora frequentemente realiza cortes de energia no bairro, o que faz com que o transporte, que recebe de 5 mil a 10 mil passageiros por dia, precise parar de circular temporariamente. Devido aos inúmeros episódios de falta de energia, a empresa processou a Light por falhas no fornecimento, exigindo R$ 110 mil em danos materiais e morais.
A ação judicial foi motivada principalmente por um episódio ocorrido em 24 de janeiro, quando a Subestação das Paineiras interrompeu o fornecimento de energia por três horas, deixando turistas presos no alto do Corcovado e forçando a devolução de ingressos para aqueles que não puderam embarcar. A companhia alega que os cortes frequentes de energia causam um grande impacto financeiro e, além disso, geram um significativo prejuízo à sua imagem, pois os turistas acabam responsabilizando a operadora do transporte pelos problemas.
Devido à localização da operação em área de preservação ambiental, a empresa não tem permissão para instalar uma subestação de energia própria, o que a torna dependente da Light, fornecedora que presta serviço ao transporte desde o início do século 20.