Que o Rio de Janeiro é a cidade mais turística do continente, todos já sabemos. E que o turismo é tratado como um tema de quinta categoria pelo poder público, nós também já sabemos – e a prova disso está na Prefeitura do Rio e a falta de ações concretas para alavancar um setor que movimenta bilhões de dólares todos os anos, bastando investimento certo e articulação.
Os leitores mais antigos e ávidos do DIÁRIO DO RIO, já sabem que o tema é de fundamental importância para o jornal e que costumamos olhar com lupa as ações públicas no setor. Mais recentemente, a mudança da RioTur, empresa pública de turismo da Prefeitura, da Secretaria Municipal de Turismo para… a Secretaria Municipal de Cultura. Sim, cultura. A mesma pasta que tem de cuidar de bibliotecas e teatros, agora vai cuidar da atração de turistas para as praias cariocas.
O movimento deixou o trade carioca de cabelo em pé, sem saber o que está acontecendo, afinal de contas, por mais que a nomeação de Bernardo Fellows seja um oásis no meio do deserto, a desidratação da SMTUR e a mudança de estrutura são ações injustificáveis. Isso só demonstra o desprezo da atual gestão pela máquina do turismo – o que é um contraditório, se levarmos em consideração que o prefeito Eduardo Paes já foi Secretário de Turismo nos idos de Sérgio Cabral.
Com a transformação do turismo em cultura, espera-se o que? A redução da RioTur a uma mera organizadora de festas? A uma nada além dona do Carnaval e do Ano Novo? A visão torpe do que se deve fazer é o que não ajuda a impulsionar os números do turismo carioca. Alguns leitores, provavelmente os defensores desta absurda mudança, dirão que é mentira, afinal, o fortalecimento do Aeroporto do Galeão mostra que o número de passageiros está batendo recorde! Claro, graças a Secretaria de Desenvolvimento Econômico! E, pasmem, o Fundo Municipal de Turismo fica vinculado ao… Desenvolvimento Econômico! Ou seja, é mais fácil transformar a SMTUR em uma subsecretaria e colocar em prática de vez o desprezo que existe pelo setor.
Além disso, o orçamento disponível para o turismo é pífio. Basta olhar os vultosos investimentos que a Secretaria de Turismo de São Paulo e outras capitais do nordeste recebem todos os anos. E não adianta dizerem que Madonna e Lady Gaga são trampolins do sucesso turístico carioca. Apesar de atitudes muito louváveis, não são políticas públicas perenes, para o ano inteiro. Não é a Madonna que irá melhorar o atendimento nos bares e restaurantes, como tampouco é um casal de mestre sala e porta-bandeira que irá defender os turistas assaltados em Copacabana todos os dias.
Cláudio Castro – quem diria! – consegue fazer um trabalho melhor nesta área do que Eduardo Paes. Mas isso é assunto para outro texto. Por enquanto, o espaço fica aberto para a injustificável mudança.
No fim das contas é o Diário do Cláudio Castro fazendo sua Relações Públicas e a esculhambação do Eduardo Paes de sempre, além – é claro -, do enaltecimento de São Paulo e do Tarcísio.
Nem precisamos dizer o histórico do Eduardo Paes no Turismo da cidade e o que foi sob a gestão do Bispo Crivella, né?
Copa do Mundo, Olimpíadas, mega shows, carnavais decentes, entre outros feitos do Dudu (que merece sim, muitas críticas).
O RJ deveria ser melhor no Turismo? Evidente, assim como em todas as áreas, mas não é esse desastre que o Quintino está pintando.
Bom Quintono, não vejo por esse ângulo e você como jornalista, sabe que pra tudo existe interesse político.
O Eduardo Melhor Prefeito Paes do Rio, está trabalhando e muito bem e fazendo o que é de melhor para o Rio em todos os seguimentos.
Não se pode e é difícil agradar a todos, não é?
Vc faria melhor?