Após seis meses sem aulas, os alunos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e do Colégio de Aplicação retornaram às aulas nesta segunda-feira (14/09). O campus da Uerj continua vazio. Para que 2020 não seja um ano totalmente perdido, a Uerj inicia as aulas remotas em um semestre curto e virtual.
A universidade estabeleceu um calendário acadêmico emergencial, que terá 13 semanas de aulas, até o dia 12 de dezembro. Os alunos estão liberados para cursar apenas uma disciplina obrigatória ou eletiva. Todas as aulas vão ser remotas, sendo algumas ao vivo e outras, gravadas.
“Mobilizamos a universidade toda com muito debate porque não é fácil transformar um curso presencial em remoto, não é como a educação à distância que tem toda uma metodologia própria . Mobilizamos todas as unidades acadêmicas para debater como seria esse plano acadêmico, esse período acadêmico emergencial, e a preocupação com a flexibilidade, inclusão e excelência acadêmica”, disse o reitor da Uerj, Ricardo Lodi.
Para os alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica, a universidade está distribuindo, a partir desta segunda, 12 mil chips de internet. Além disso, já foi pago um auxílio de R$ 600 para os alunos cotistas e a compra de 8 mil tablets já está em licitação. Essas medidas valem para os alunos da universidade e, também, do Colégio de Aplicação.
“O que a gente quer é que a universidade não pare, que ninguém pare, que essa relação entre professor, aluno, técnico permaneça. Porque a Uerj não pode deixar de cumprir a sua missão com a sociedade fluminense”, enfatizou o reitor.
A estudante de jornalismo, Gracielle Anacleto conta sobre a expectativa de voltar aos estudos e reforça a importância das medidas que estão sendo tomadas com objetivo de tornar o acesso às aulas menos desigual.
“A UERJ iniciou hoje um período emergencial com aulas remotas e a expectativa para voltar a ter contato com meu curso e meus estudos é alta. Infelizmente não é da maneira que todo mundo desejava, mas teve trabalho e medidas tomadas pela universidade pra tornar menos desigual possível, particularmente os professores do meu curso tem se feito muito presentes e acessíveis em todo o processo e isso diminuí um pouco do prejuízo. A expectativa é para que os auxílios em relação a internet e aparelhos cheguem a quem precisa e que faça diferença.”