Um livro sobre como bons anos de convivência são uma forma de trazer melhores saudades. Essa é a definição do jornalista carioca Gustavo de Almeida, dá para o próprio e-book O VELHO E O ZICO, publicado na Amazon esta semana. A obra é toda composta de crônicas sobre o Flamengo dos anos 70 e 80 e a forma com que o jornalista (e roteirista do filme Intervenção, da Netflix) viveu aqueles anos ao lado do pai, José Joaquim de Almeida, então produtor e comerciante de filmes.
“São fragmentos que eu juntei ao longo dos anos, todos de memória. Depois que li Patrimônio, do Philip Roth, uma excepcional obra sobre a perda do pai dele, resolvi fazer algo parecido, mas sem a pretensão de estar no mesmo nível. E percebi que as grandes memórias com meu pai tinham o Flamengo e o Zico no meio” – lembra Gustavo.
A proposta de fazer um livro com erros, contando apenas com a memória, foi levada a sério. No fim do livro tem um apêndice com todas as correções.
“Apenas um erro não teve correção, pois foi descoberto por um pré-leitor atento: a estreia de Zico na seleção brasileira eu reputava como sendo em 1975 mas foi em 1976. A verdade é que sou cercado de grandes biógrafos do Flamengo“.
Com efeito, o livro tem depoimentos de Maurício Neves de Jesus, autor da série Me Arrebata, a história do Flamengo em Quadrinhos (e diversas outras obras, incluindo o livro dos 70 anos do Zico), de Marcos Eduardo Neves, biógrafo de diversos craques como Renato Gaúcho, Alex e Nunes, e de Arthur Muhlenberg, autor de livros sobre os principais títulos do Flamengo desde 2009 e roteirista que colocou ar o documentário O Caçador de Marajás, sobre Bujica (até hoje no Youtube). Tem também o depoimento do ex-capitão do BOPE Rodrigo Pimentel, roteirista de Tropa de Elite 1 e 2, com quem Gustavo divide o roteiro do filme “Intervenção – É proibido morrer”, da Netflix.
O livro pode ser encontrado digitando O VELHO E O ZICO na Amazon, ou baixado pelo link: http://tinyurl.com/ovelhoeozico