Um novo capítulo na história das Torres de Niemeyer na Barra

Projeto de Oscar Niemeyer se transformará em moderno residencial com 448 unidades. Valor Geral de Vendas (VGV) é de R$ 280 milhões

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Foto: Divulgação

A história de um dos prédios mais icônicos do Rio vai receber um novo capítulo. Trata-se famosa da Torre H, um arranha-céu redondo de 120 metros na Barra da Tijuca, cujas obras foram paralisadas em 1984 em decorrência da crise financeira da Desenvolvimento Engenharia do notório e controverso empresário Mucio Athayde. Agora, o edifício residencial mais alto do Rio, projetado por Oscar Niemeyer e que desperta a atenção e a curiosidade dos cariocas, vai se transformar pelas mãos da incorporadora brasiliense Capital 1 no Niemeyer 360º Residences, que aproveita a notoriedade internacional do arquiteto. A empresa promete mudar a imagem ruim de abandono por uma imagem de modernidade e vanguarda com assinatura do mundialmente famoso Niemeyer.

O residencial terá 448 unidades entre estúdios de 39 metros quadrados e coberturas duplex, além de estacionamento para todos. Com belíssimas e variadas vistas nos apartamentos com esquadrias de piso a teto e parede a parede, o novo empreendimento terá áreas de uso comum com visão panorâmica – 360º – de todo o bairro. A área de lazer no térreo ocupa nada menos que cinco mil metros quadrados e inclui piscina com raia semi olímpica com acesso direto à sauna, borda infinita, deck molhado, spa, playground, espaço gourmet, quadra de areia para beach tênis, academia, espaço pet, praça da água e praça do fogo, entre outros itens. No quesito conveniências oferece também lavanderia, mini mercado, salão de beleza, coworking, e salas de reunião e para influenciadores digitais. O lançamento acontecerá em outubro e a previsão de entrega é para dezembro de 2025. Já o Valor Geral de Vendas (VGV) é de R$ 280 milhões.

Temos muito orgulho desse empreendimento pela importância de finalizar um projeto tão emblemático e com essa autoria e design singulares. Estamos modernizando a fachada e incluindo todos os atributos que valorizam um projeto desta magnitude”, explica Antonio Carlos Osorio, sócio da Capital 1. Segundo ele, a empresa adquiriu 85% dos apartamentos, parte vendidos em leilões da massa falida e parte em negociações com adquirentes primitivos, e os 15% restantes são de adquirentes antigos que participarão do novo projeto. Outro diferencial é a integração de Paulo Sérgio Niemeyer, bisneto de Niemeyer, que assina a área de lazer e a modernização da fachada. “A sofisticação da fachada das Torres do Centro da Barra era uma vontade do meu bisavô, que agora realizamos no Niemeyer 360º, com muita satisfação e orgulho”, destaca Niemeyer. Osorio complementa que fez questão de buscar o maior conhecedor da arquitetura de Oscar, seu pupilo e bisneto Paulo, para a complementação do projeto.

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Segundo o executivo da Capital 1, o Niemeyer 360º é ideal para solteiros ou casais sem filhos e ainda para o investidor interessado em obter renda com a locação do imóvel, em um quadro de baixa da taxa de juros e de valorização de ativos reais. “Estamos apresentando também a opção de junção de duas unidades para transformá-las em um apartamento maior, de 1 a 3 quartos, atendendo assim um perfil mais amplo de clientes”, afirma Osorio. A obra do Niemeyer 360º está a cargo da Construtora Elvas, de Niterói, dos engenheiros Aluizio Elvas e Marcelo Nascimento. O banco Santander abriu uma linha de crédito para as obras e para os adquirentes que desejarem financiar a unidade.

Obras paralisadas em 1984

Para entender a história da Torre H, é preciso recordar o movimento de desenvolvimento urbanístico da Barra da Tijuca. De acordo com o plano urbanístico do Centro da Barra, de 1969, elaborado por Oscar Niemeyer, seriam construídas 76 torres em formato cilíndrico, também projetadas por ele, com suas linhas curvas muito presentes na arquitetura contemporânea, a chamada “arquitetura orgânica”. No entanto, apenas três das Torres avançaram, sendo que a H teve a sua obra interrompida em 1984, com 80% finalizada, em razão de dificuldades financeiras da Desenvolvimento Engenharia, que veio ter a falência decretada em 2006. Parte dos compradores da época fez acordo com a massa falida para manter o negócio e participarão da finalização das obras. Já outros optaram por pleitear indenização no processo falimentar e já receberam. Agora, com a entrada da Capital 1 e os entraves resolvidos, a Torre H cede lugar ao Niemeyer 360º Residences.

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6 COMENTÁRIOS

  1. A Parceria Niemeyer e Múcio Ataide iria tornar a barra um grande formigueiro com uma densidade habitacional que só seria justificada por uma selvagem especulação imobiliária, Múcio usou o prestígio do arquiteto para conseguir emplacar esse parâmetro. Governo reagiu com a contratação de Lúcio Costa, a época o único nome taí grande como Niemeyer que confirmou a ” barrinha” tal densidade. Niemeyer foi um monumental esta brilhante nas sem nenhum apreço para a escala humana,via de regra seus projetos são inóspitos a utilização humana.

  2. Noticias interessantes. Uma pergunta: as propagandas enganosas que aparecem na rolagem, e as manchetes falsas para estimular a visualização, são da responsabilidade de quem? Um absurdo este tipo de propaganda enganosa, assim como o falso jornalismo.

  3. Os futuros moradores devem se preocupar entre outras, com duas questões:
    1 – Ocuparão cômodos no formato de setores circulares, com fachadas de vidro em curva. Caso desejem colocar móveis junto a essa vidraça, deverão ser projetados para isso;
    2) Sugestão à construtora:
    Utilizar em boa parte da fachada vidros duplos especiais com isolação termo acústica. Mantendo toda a gachada sem ess proteção, ocasionará maiores vistos de implementação e manutenção de seus equipamentos de condicionamento de ar.

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