Uma Praça São Salvador para chamar de caos na terra

Moradores acusam Prefeitura de descumprir decretos que limitam o barulho; um ensurdecedor forró foi de fato autorizado, e está deixando os moradores loucos

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Tradicional point boêmio do Flamengo, a Praça São Salvador tem sido palco de crescentes transtornos a moradores e vizinhos por causa da quase permanente desordem urbana. Segundo a Associação de Moradores do Flamengo e Adjacências (Ama Flamengo), há decretos relacionados a perturbação do sossego e de limitação à colocação de mesas nas calçadas que são descumpridos seguidamente e parece que a Associação e a Subprefeitura da Zona Sul não estão na mesma sinfonia.

De acordo com a presidente da Ama Flamengo, Isabel Franklin, os moradores passaram a ser brindados com um ensurdecedor forró de som amplificado todas as sextas e agora também o jazz, que acontece toda quinta-feira, passou a amplificar o som. “Estamos esgotados de barulho e queremos que nosso decreto do som amplificado seja respeitado. O maior absurdo é que a prefeitura tirou eles da classificação de Artistas de rua e deu autorização. Temos atualmente muitos espaços ociosos em que os shows dos artistas de rua podem ser estimulados assim como foodtruck e ambulantes. Ninguém consegue assistir aula online, descansar, ver uma televisão, e nem conversar com o barulho”, conta.

De dia, até passear pela praça se tornou um sufoco. Segundo Isabel, mesas e cadeiras atrapalham o logradouro e o piso em pedra está todo quebrado; inclusive em pontos de acessibilidade. “As mesas ocupam quase toda calçada; Fica um perigo”, diz.

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Além do barulho na São Salvador, moradores reclamam de falta de espaço para transitar em calçadas por causa de mesas

Já a Subprefeitura da Zona Sul nega que houve mudança em relação ao decreto que disserta sobre a apresentação de artistas de rua na Praça São Salvador. Os artistas continuam podendo se apresentar na praça desde que não haja utilização de caixa de som ou amplificador. Sobre a realização do forró, o órgão informa que foi autorizado via sistema Carioca Digital como acontece com qualquer evento realizado na cidade, envolvendo assim todos os órgãos municipais competentes para que possam realizar o devido acompanhamento. “Autorizamos a realização do evento até as 22 horas seguindo os trâmites formais para a realização de eventos na cidade e comunicamos a SEOP (Secretaria de Ordem Pública) para que o monitoramento ao evento aconteça garantindo a desmobilização após as 22 horas”, explica Flávio Valle, subprefeito da Zona Sul. O órgão ainda completou que a revitalização da São Salvador está prevista para iniciar esse mês. Forró no ouvido dos outros….

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Formada em Comunicação Social desde 2004, com bacharelado em jornalismo, tem extensão de Jornalismo e Políticas Públicas pela UFRJ. É apaixonada por política e economia, coleciona experiências que vão desde jornais populares às editorias de mercado. Além de gastar sola de sapato também com muita carioquice.
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13 COMENTÁRIOS

  1. Será que é tão difícil entender que o pau que dá em Chico dá em Francisco tb e é só uma questão de tempo? A perda de direitos começa desse jeito, galera: vc acha que está defendendo a cultura e o turismo, mas na verdade vc está defendendo o direito dos empresários donos de restaurantes em detrimento do direito supremo dos trabalhadores e estudantes ao descanso. A vontade de uma minoria privilegiada pisando no direito de uma maioria de trabalhadores e estudantes e o povo que se acha elite defendendo e aplaudindo o abuso só porque disseram que é charmoso morar numa praça onde se toca jazz ZZZ

  2. Bem feito!!! O povo tem o que merece pois quando se faz o choque de ordem que é uma operação conjunta entre as forças para coibir todos os tipos de atos ilícitos a população além de criticar, atrapalham ENTÃO QUE SE F……Eu não moro aí.
    Agora cobra esse jornaleco fechamento do Dudu que eles sempre tem solução pra tudo

  3. Só a São Salvador???
    Em toda região da cidade é o caos público! Nada de ordem pública…
    Tem ali próximo, bem na Praia do Flamengo a vista de todas as autoridades policiais e da guarda que ali passam, o Boteco Belmonte, o Mané, o Adão, todos com suas cadeiras em meio à calçada tornando impossível um cadeirante passar ou duas pessoas que caminham em sentido contrário se cruzarem sem que uma tenha que ceder a vez de passar à outra.
    Sem contar que o Parque do Flamengo perde cada vez mais a área verde e quase está se tornando um parque marrom.
    Os usuários especialmente nos fins de semana invadem os gramados colocando barracas, cadeiras, churrasqueiras etc.
    Fora os praticantes de atividades utilizando tronco das árvores.
    Tem os mijões que lançam ácido úrico junto aos troncos.
    E fora isso, tem ainda os barraqueiros tomando conta da faixa de areia e orla, loteamento público a céu aberto. Talvez dando um agrado às autoridades para fazerem vista grossa.

  4. Sou morador da praça, moro bem em frente! Meu apartamento não poderia estar mais perto do ponto dos shows e eu simplesmente AMO a cultura e a arte que se apresentam ali!

    Os incomodados que se mudem!

  5. O evento de quintas feiras q começa às 20hs e acaba pontualmente as 21:59 hs , NAO USA EQUIPAMENTO DE SOM NEMHUM,e está sim, constantemente fiscalizado pelas autoridades. Então pode estar em desacordo, mas chamar um movimento cultural feito por músicos superqualificados da cena carioca (Salvador Jazz) num local ideado para apresentações culturais (coreto) de bagunça, e ainda mentir, sobre o fato deles usarem amplificadores de som, mostra que o autoritarismo retrogrado de alguns, continua vigente usando a mentira e a falsidade para lograr seus desejos….

  6. É exaustivo você morar numa arena de espetáculos. O bom é ir quando tem vontade e voltar quando é preciso. A Praça e outros pontos públicos da vizinhança vem ganhando o status de palco permanecendo ocupados diariamente por diferentes propostas. Não há paz. Imagina estudar, trabalhar ler ( tem gente que ainda lê) ou ver um filme com barulho permanente. Perdido em seus pensamentos? Nunca mais! Todo mundo acha lindo mas quando se enche de diversão vai pra casa dormir e descansar. Os moradores da praça não tem esse direito. E o conceito de “é tudo meu ” vai seguindo. O Planalto do Chopp, bar próximo a praça, já pegou toda a calçada e, não sarisfeito coloca uma barraquinha de drinks no que sobrou de espaço. Eu pergunto: E se fosse na sua porta?

  7. Conheço bem o local pois morei próximo.No momento eu não moro nem perto da praça, mas já vivi um problema igual no passado. É um absurdo que para se divertir a “massa” de hoje privilegie o barulho como lazer. Estamos transformando o Rio em uma bagunça onde a diversão é diretamente proporcional à falta de educação e respeito aos moradores. Não temos em quem votar, os plíticos parecem todos fantoches e acerebrados.

  8. E ainda vão aparecer aqueles que dizem que os moradores são chatos. Com certeza quem fala isso náo vive nas proximidades da Praça. Em qualquer horário é necessário respeitar um patamar máximo de decibeis. As pessoas querem ter paz dentro de suas casas.

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