‘Uma verdadeira favela’: empresários do Centro do Rio reclamam de manifestantes acampados na porta da Alerj

Com barracas, placas, cadeiras e papelões, os manifestantes, que promovem uma verdadeira algazarra na Rua da Ajuda

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Foto: Victor Serra/Diário do Rio

Empresários e comerciantes da Rua da Ajuda, no Centro do Rio, têm enfrentado dificuldades devido à presença de manifestantes que ocupam parte da rua e das calçadas de acesso ao Edifício Lúcio Costa, conhecido como “Alerjão”. Com barracas, placas, cadeiras e papelões, os manifestantes, que promovem uma verdadeira algazarra na Região Central do Rio, reivindicam uma nova convocação do concurso da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) de 2012 estão há alguns meses instalados na rua, causando transtornos significativos.

A controvérsia que levou os manifestantes à Rua da Ajuda envolve a anulação de três questões da prova de história do concurso da Seap de 2012, o que resultou em 444 candidatos entrando na Justiça. Apesar de o governador Cláudio Castro (PL) ter convocado 227 aprovados no concurso há dois meses — 202 homens e 25 mulheres que passaram a integrar os quadros do órgão como inspetores de segurança e administração penitenciária — os manifestantes continuam exigindo novas convocações.

Os manifestantes exibem cartazes com frases como “Faça a nossa convocação valer a lei sancionada pelo senhor. Queremos novas convocações para Seap 2012” e “Para que abrir concurso se o último da Seap 2012 ainda está na validade e com candidatos aptos?”. Eles argumentam que, apesar das convocações recentes, muitos candidatos aprovados ainda aguardam serem chamados.

Atualmente, restam ainda duas barracas, mas os comerciantes e empresários ainda enfrentam os impactos da ocupação prolongada e esperam por uma resolução definitiva. “A situação tem causado sérios prejuízos para proprietários de imóveis da região, que é uma das mais procuradas, pela sua proximidade com o metrô da Carioca, porém, a situação tem assustado muito os pedestres e o os frequentadores dos edifícios. Já houve inquilinos que entregaram seus imóveis devido a essa absurda situação que ninguém da fim. Uma verdadeira favela se forma, sem solução há mais de um mês” declara Adriano Nascimento, da administradora Sérgio Castro Imóveis, responsável pela administração de um edifício nas proximidades.

Procurada, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária afirmou que a questão já foi pacificada pela Justiça, mencionando um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e outros órgãos, que já foi cumprido. A Alerj não respondeu aos e-mails enviados pela reportagem, enquanto a Secretaria de Ordem Pública pediu fotos para averiguar a desordem, mas não respondeu até o fechamento desta reportagem.

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9 COMENTÁRIOS

  1. Alguns equívocos na matéria Seap 2012 candidados aprovados e não revindicando questão anuladas ,mas muito bom tornar pública essa manifestação que a mas de 2 meses acontece e quem pode acabar e já deveria ter feito isso é o excelentíssimo governador Cláudio castro.esse caso já houve várias audiências na alerj onde a comissão de segurança pública concordou no chamamento e o chefe do estado assim não faz.

  2. Quem faz uma matéria dessa não merece respeito, pois deveria verificar o verdadeiro motivo pelo qual, esses colegas estão ali, passando muitas das vezes necessidades diversas! Infelizmente isso é Brasil, um país de merda, onde pessoas que dedicaram horas de estudos, dinheiro e outras coisas, são chamados de baderneiros. Quando na verdade, só estão o querendo o que é deles por direito! Mas a culpa é nossa, por estar essa bagunça! Nós que elegemos os nossos governantes! O G20 está aí é hora de fazer uma mega manifestação, para mostrar para o mundo como está o nosso Rio de Janeiro! Mis aí ninguém vai, agora coloca um show em Copacabana, milhões de pessoas aparecem, não adianta reclamar a culpa é nossa! Infelizmente!

  3. Deveria ter vergonha de fazer esse tipo de publicação. Ali estão pais e mães de família, que reivindicam um direito legítimo. Deveria era conversar e saber o real motivo, saber da covardia desse governador, que fez promessas de reeleição e não cumpriu. Então não fique publicando asneiras, Deveria reclamar dos cracudos e moradores de rua que ficam pelo centro.

  4. “Favela, NÃO”.
    Acampamento de pessoas que estão sendo injustificadas por concurso pretérito.”

    “Concursados, quer dizer que são pessoas estudiosas que passaram em concurso público com dignidade e muito estudo.”

  5. Manifestação só é aceita se for pra pedir golpe de estado em frente aos quartéis. Quando é pela luta para fazer valer seus direitos, aí não. Aí é inconveniente e desnecessário!!! Empresário só gosta de apoiar golpe. Já o trabalhador e seus direitos que se danem.

  6. Essa “verdadeira favela”, como reclamam os empresários e comerciantes, só existe porque a incompetência desse governo estadual em organizar um simples concurso público pra admissão de inspetores de segurança e administração penitenciária.é imensa.
    Não vou me surpreender quando o batalhão de choque for chamado pra expulsar a base de balas de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta em quem está só querendo fazer valer os seus direitos.

  7. O STF já esmaga o próprio congresso, gente quando o STF prende manifestantes e os bardeneiros e mandantes estão impunes, o ministro da justiça que sumiu com filmagens condenatórias se torna ministro do STF ….. Ou é o Brasil inteiro ou essas coisas não vai dar em nada!!!

  8. Algazarra é o que o governador Cláudio Castro faz. Veja o escândalo dos cargos públicos fantasmas do Ceperj, por exemplo. Não conheço especificamente o caso desse concurso da SEAP. Mas lugar de cidadão protestar e reclamar os seus direitos é mesmo na rua, em frente às instituições do Estado.

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