As Áreas de Preservação ao Ambiente Cultural (Apacs), estabelecidas a partir dos anos 1980 no Rio de Janeiro para preservar imóveis de valor histórico e a atmosfera dos bairros bucólicos, passarão por uma revisão nos próximos anos. Essa revisão abre a possibilidade tanto de inclusões quanto de exclusões na legislação de proteção, oferecendo uma oportunidade para adaptar as normativas vigentes. A determinação para essa revisão está incorporada em uma emenda ao Plano Diretor, cuja versão final foi sancionada recentemente pelo prefeito Eduardo Paes. Vale ressaltar que o Plano Diretor, ao ser ratificado, passa a guiar o desenvolvimento urbano da cidade pelos próximos dez anos.
O Rio de Janeiro atualmente possui 34 áreas com algum tipo de proteção legal, seja por meio de Apacs ou legislações similares. Essas áreas abrangem localidades como o Centro, Leblon, Ipanema, Botafogo, Urca, Grajaú e Marechal Hermes. Dentro dessas regiões delimitadas, existem restrições, como limites de altura (gabarito), embora nem todos os imóveis estejam necessariamente tombados. As normas em vigor permitem, em alguns casos, a demolição, mas novos projetos devem cumprir as diretrizes locais.
Outra alteração gerada pelo Plano Diretor sancionado diz respeito à Urca, bairro da Zona Sul. Apesar de as regras específicas para construção no local terem sido mantidas, o texto simplificou a instalação de escritórios de profissionais liberais e outras atividades comerciais em residências. Anteriormente, essa prática era impedida por uma lei datada da década de 1970, que agora foi revogada, trazendo mudanças potencialmente impactantes para o cenário característico da Urca, desagradando boa parte dos moradores do bairro, que acreditam gerar mais adensamento e estimular o trânsito na região. A Urca tem características próprias, como ter uma única entrada e uma única saída e um clima mais tranquilo em relação aos demais bairros da Zona Sul.
NÃO CABEM INSTALAÇÕES COMERCIAIS NA URCA SIMPLESMENTE PORQUE NÃO TEM VAGAS PARA VEÍCULOS NO BAIRRO. AS RESIDÊNCIAS SÃO ANTIGAS, A MAIORIA COM GARAGEM PARA UM UNICO CARRO, NÃO ATENDENDO NEM A DEMANDA DOS MORADORES.
Concordo co. Os moradores da Urca. O bairro tem características diferenciadas .O espaço para circulação de veículos é pequeno.Aquelas casas bucólicas são para residências e n para empresa .
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A Urca tem a característica histórica de querer ser um condomínio fechado às custas da população da cidade. Moradores da Urca gozam dos benefícios de todos os bairros, mas não querem nada em seu quintal, ainda que banais. Puro elitismo.
Não moro na Urca mas qual o problema disso?
Se do próprio texto não se consegue compreender qual seria a problemática em promovendo todos os esforços para expulsar “forasteiros” (simplesmente quem mora em outro bairro) e, consequentemente, guardarem tão somente para si uma área pública, como as ruas, praias, praças, mureta e etc, realmente não há o que se explicar.
Moradores da Urca são contra escolas, pontos turísticos, padarias, mercadinhos, farmácias, ônibus, VLT e a lista não termina por ai. O argumento, travestido por outras razões, sempre se resumem em de alguma forma impedir o acesso de outros ao bairro. Se todos pudessem fazer esta escolha, não haveria comércio ou qualquer outro ponto de utilidade pública (como hospitais e escolas) em área residencial, o que é inviável para a sociedade, afinal, até quem mora na Urca precisa disso e não vê problemas em ir nos bairros vizinhos para suas necessidades, desde que estes vizinhos não venham em seu quintal (apartheid moderno?).
Devolvendo sua pergunta, se querem tanto viver em condomínio, porque não vão para um?