Valor Econômico destaca Rio como capital dos eventos após pandemia

Jornal realça os pontos mais convidativos do turismo no estado em 2022, que produziu cerca de 150 eventos oficiais. E revela que mais de 600 mil buscas por diárias em hospedagens foram procuradas para 2023

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Vista aérea dos bairros de Copacabana, Leme e Urca, todos na Zona Sul do Rio de Janeiro - Foto: Rafa Pereira/Diário do Rio

O Rio de Janeiro é conhecido por sua beleza natural, pela sua boemia e espírito caloroso que é muito convidativo. Essas características atraem, cada vez mais, turistas ao estado fluminense. A revista Valor Econômico realizou uma reportagem demonstrando que o setor do turismo voltou a crescer no RJ após a pandemia do Corona Virus. Segundo os dados, em 2022 vários eventos, como Rock in Rio, Copa do Mundo, shows, entre outros, retornaram para a agenda do carioca, fluminense e milhares de pessoas de outras regiões do país e mundo. O gera um ganho cultura e financeiro.

Neste fim de ano, por exemplo, a Prefeitura do Rio espera receber cerca de 2,5 milhões de pessoas para a queima de fogos no réveillon, movimentando mais de R$2 bilhões na economia local. O Rockin Rio, adiado de 2021 para setembro de 2022, provocou impacto econômico na cidade de mais de R$2,2 bilhões, segundo os organizadores. Com 60% do público de fora, o festival levou a ocupação hoteleira a superar 90% no período em todos os bairros.

A revista Valor Econômico, o secretário municipal de Turismo do Rio, Antônio Mariano, afirma que foram realizados cerca de 150 grandes eventos este ano, de congressos a feiras de negócios, sem contabilizar festas privadas. E para 2023 a expectativa é dobrar esse número.

O carnaval também é uma das grandes apostas, já que, além dos desfiles das escolas de samba, serão autorizados os blocos de rua.

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O secretario ainda diz que o setor de turismo cria possibilidades de renda em outros serviços, como restaurante, o hotel, o taxista, o cerimonialista, entre outros. “Se somarmos Rock in Rio, réveillon e carnaval, já temos quase R$ 8 bilhões de impacto na economia do Rio de Janeiro”.

O presidente do SindHotéis RJ, Alfredo Lopes, calcula que os hotéis da cidade possam atingir 100% de ocupação no fim do ano. Em 2021, o índice ficou em 96%. Para o carnaval, a expectativa é positiva, já que, nas datas deste ano, a ocupação foi de aproximadamente 81%.

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Fachada do Merlin Hotel, em Copacabana. | Foto: Rafa Pereira – Diário do Rio

A Revista destaca que em 2022 o Rio de Janeiro foi o destino mais buscado no âmbito nacional pela plataforma de viagens Hurb. De acordo com o diretor comercial da Hurb, Felippe Xavier, têm sido contabilizadas em torno de 600 mil buscas diárias por hospedagem na cidade para o carnaval de 2023, sendo os bairros de Copacabana, Barra e Ipanema os mais procurados.

“A gente tem percebido um crescimento do turismo doméstico, num raio de até 600 quilômetros. Isso leva a crer que moradores do Sudeste têm adotado o Rio como preferência” declara Xavier ao Valor Econômico. Além disso, também há uma retomada das viagens corporativas e hospedagens concentradas no Centro.

Em termos de faturamento no ano, a Hurb teve crescimento de mais de 70% na receita obtida com a cidade. A alta demanda levou a um maior planejamento. Se as reservas eram feitas com apenas 19 dias de antecedência, agora, para conseguir uma boa acomodação, os turistas organizam a viagem em torno de 30 dias antes do embarque, Xavier diz ainda que a cidade se beneficia quando o destino final dos viajantes é a Região dos Lagos, em locais como Arraial do Cabo, Búzios e Cabo Frio.

“O Rio se conjuga com vários outros destinos, porque quem passa pela cidade para chegar a outro lugar faz questão de ficar pelo menos dois dias na capital”.

Hotel Nacional

Um local que pretende colaborar com Rio e sua economia é o Hotel Nacional, projetado por Oscar Niemeyer, patrimônio da Unesco e localizado em São Conrado. Estratégias estão sendo montadas para atrair o público, já que o imóvel ficou fechado por alguns anos. Além de cardápios especiais, como feijoadas aos sábados e paelhas aos domingos, o hotel passou a investir este ano em ações de interação e criação de experiências para hóspedes e visitantes. Às crianças, são oferecidas atividades de recreação diárias, de escalada a teatro. Já para os adultos, há coquetéis, eventos musicais e transmissão de jogos da Copa do Mundo.

Segundo Márcio Delgado, gerente-geral do Hotel Nacional, houve um aumento de 40% no faturamento entre 2021 e 2022. “Nós triplicamos o número de frequentadores, em relação ao ano passado. Todas as nossas ações são para interagir com a cidade e trazer o carioca para dentro do hotel. Em relação a turismo, estamos decolando, mas ainda falta o internacional voltar com força” fala Delgado ao Econômico.

O hotel já foi palco de shows de artistas como Tim Maia e eventos como o Rio Cine Festival. Além do destaque da arquitetura, os jardins foram projetados por Roberto Burle Marx.

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Vista aérea do Hotel Nacional, em São Conrado, Zona Sul do Rio – Foto: Reprodução

Largo do Boticário

A revista Valor Econômico relembra outro lugar que voltou a ser valorizado no Rio nos últimos tempos, o histórico Largo do Boticário, no Cosme Velho, foi totalmente revitalizado e vem atraindo interesse de turistas e cariocas. À rede hoteleira Accor foi a responsável pela obra, que durou quatro anos e custou R$ 72 milhões, inaugurando o primeiro Jo&Joe do Brasil. As escadas caracóis, os pisos e os azulejos receberam o trabalho da equipe de restauro para manter características originais.

Largo do Boticario Valor Econômico destaca Rio como capital dos eventos após pandemia
Foto: Divulgação

Oliver Hick, diretor de Operações das marcas Midscale e Econômicas Accor Brasil, estima que, aos fins de semana, cerca de 5 mil pessoas passem pelo local. “Os cariocas são em torno de 60% da nossa receita. Só para almoço e jantar, recebemos quase 700 Pessoas aos Sábados e domingos”. O segredo, segundo Hick ao Valor Econômico, foi investir em áreas abertas, bares e restaurantes com espaços externos, além de duas piscinas. Como início da alta temporada, no verão avalia que o fluxo deve aumentar. “Nossa ambição não era só ganhar dinheiro, o objetivo da rede, presente no Brasil há quase 50 anos, era ajudara Preservação do Patrimônio cultural do Rio”, explica.

No setor de eventos há 19 anos, André Barros, sócio da Party Industry, está otimista depois de ter enfrentado momentos difíceis na pandemia. Desde outubro, percebe interesse crescente nas festas que promove.  

Organizando 60 eventos até o próximo carnaval, Barros tem apostado em festas em pontos turísticos da cidade, como as SkyPark, no Morro da Urca, segundo ele é em estruturas mais arrojadas, pois o carioca se tornou mais exigente.

De volta este ano patrocinado pela TIM, o projeto Noites Cariocas, criado na década de 1980, sempre reuniu grandes nomes, do rock nacional à MPB. Na última edição, que ocorreu no Morro da Urca, os shows foram transmitidos pelo metaverso, em uma arena desenvolvida especialmente para a ação. O público ainda teve a opção de assistir a vários espetáculos gratuitos nas praias da Zona Sul.

“O retorno dos festivais representa um grande reencontro com o estilo de vida carioca. Vimos as pessoas ávidas por assistir a grandes artistas, cantando, se emocionando com eles celebrando entre si. Em 2023 vamos promover o festival novamente, mantendo o no TIM Music Noites Cariocas”, adianta Alberto Griselli, CEO da TIM Brasil.

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Morro da Urca, Rio | Foto: Rafa Pereira – Diário do Rio

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