Terminou na sexta-feira, 4/4, a janela partidária para que os vereadores pudessem mudar de partido sem perder seus mandatos. E foi uma mudança tensa, é que com o fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais, ou seja, vereador e deputados, cada excelência vai ter contar com muito mais voto.
Alguns partidos sumiram da Câmara, o NOVO e PHS. Outro que por pouco não desapareceu foi o MDB, que saíram todo os vereadores, elegeu 10, e agora conta apenas com Paulo Messina, que é pré-candidato a prefeito pelo partido. Mas quem saiu ganhando foi o Democratas que subiu de 4 para 7 vereadores, e o PSC de 2 para 6.
Dos 51 vereadores eleitos em 2020, a Câmara viu Carlo Caiado (DEM), Val da Ceasa (Patriotas) indo para a ALERJ, David Miranda (PSol), Otoni de Paula (Patriota) indo para a Câmara Federal, além do falecimento de Marielle Franco (PSol). Além de Claudio Castro (PSC) que se tornou vice-governador.
E se contam nos dedos os vereadores que não mudaram de partido: no DEM, Alexandre Isquierdo, Cesar Maia e Célio Luparelli. No Progressistas Marcelino D´Almeida e Vera Lins. O Republicanos com João Mendes de Jesus, Inaldo Silva e Tânia Bastos. Todos os 6 do PSol, incluindo a entrada dos suplentes Babá e Dr. Marcos Paulo. No PSD Jones Moura e Eliseu Kessler. O PDT com Fernando William, o PSC com Major Elitusalem. O PT surpreende por ter mantido seus 2 vereadores, sem ninguém ter mudado de partido ou conseguido cargos mais altos. O Avante se manteve com Ítalo Ciba e o PTB viu apenas Marcelo Arar continuar nos seus quadros. Ou seja, apenas 22 dos 51 vereadores do Rio de Janeiro não trocaram de partido entre 2016 e 2020.
Algumas mudanças foram uma surpresa, especialmente para quem não acompanha diariamente o trabalho dos edis. É o caso de Leandro Lyra, que foi eleito pelo NOVO, e acabou indo parar no Republicanos de Marcelo Crivella, puxado por Carlos Bolsonaro, que foi eleito pelo PSC e também foi parar no partido.
Lyra pode até ser candidato, mas vai ver alguns votos sumirem. A não ser que Carlos, não seja candidato, e peça votos para Lyra, deixando a mãe Rogéria Bolsonaro, que também é do Republicanos a ver navios.
Outro que não deixa de ser surpreendente, foi Jorge Felippe que abandonou o MDB pelo DEM, e a ida de Renato Moura, da esquerda do PDT para a extrema-direita do Patriotas.
Democratas
O Democratas passou a ser a maior bancada, elegeu 4 vereadores e passou a ter 7. Foram para o partido de Cesar Maia, Átila A. Nunes, o poderoso Jorge Felippe, presidente da Câmara, Thiago K. Ribeiro e Verônica Costa, todos eleitos originalmente pelo MDB.
- Alexandre Isquierdo
- Atila A Nunes
- Célio Lupareli
- Cesar Maia
- Jorge Felippe
- Thiago K. Ribeiro
- Verônica Costa
Progressistas
O Progressistas do ainda forte Francisco Dornelles, subiu ainda mais, ganhou 4 vereadores, e sua bancada subiu para 6. Felipe Michel, que tinha sido eleito pelo PSDB, mas acabou virando aliado de Crivella, acabou achando guarida no PP. Outro do PSDB a ir para o PP é Professor Adalmir. Já Jorge Manaia se elegeu pelo Solidariedade e Marcello Siciliano que entrou pelo PHS
- Felipe Michel
- Jorge Manaia
- Marcelino D’Almeida
- Marcello Siciliano
- Professor Adalmir
- Vera Lins
Republicanos
Já o Republicanos de Crivella viu dobrar sua bancada, tinha eleito 3 e chegou a 6. Incluindo a máquina de votos Carlos Bolsonaro, o ex-NOVO Lyra e Zico que tinha sido eleito pelo PTB
- Carlos Bolsonaro
- Inaldo Silva
- João Mendes de Jesus
- Leandro Lyra
- Tânia Bastos
- Zico
PSol
Já o PSol, obviamente, não teve mudanças, além daqueles que se elegeram para deputado federal e de Marielle Franco, que foi brutalmente assassinada.
- Babá
- Dr Marcos Paulo
- Leonel Brizola
- Paulo Pinheiro
- Renato Cinco
- Tarcisio Mota
PSD
O PSD foi outro a dobrar sua bancada, são 4 agora, incluindo Matheus Floriano que deixou o Democratas e Rogério Rocal que abandonou o PTB.
- Eliseu Kessler
- Jones Moura
- Matheus Floriano
- Rocal
PSC
O PSC viu mudar completamente sua bancada eleita de 3 deputados, com Claudio Castro como vice governador, Otoni de Paula deputado federal, e tendo saído do partido, e a ida de Carlos Bolsonaro para o Republicanos, o partido viu entrar, a sempre bem votada Rosa Fernandes, mãe do secretário estadual de educação Pedro Fernandes e João Ricardo. ambos eleitos pelo MDB. Já Major Elitusalém era 1º suplente do PSC.
- João Ricardo
- Major Elitusalem
- Rosa Fernandes
Cidadania
Já no Cidadania, partido sucessor do PPS, não tinha eleito ninguém em 2016, mas sua bancada chega a 2 vereadores. Rafael Aloisio Freitas, eleito pelo MDB, e Teresa Bergher, figura tradicional do PSDB do Rio abandona o partido por discordar da forma que João Dória, governador de São Paulo, e o presidente estadual do partido, e pré-candidato a prefeito do Rio, Paulo Marinho estão administrando o ninho tucano
- Rafael Aloísio Freitas
- Teresa Bergher
PDT
O PDT manteve a bancada de 2 deputados, perdeu Renato Moura, aliado de Crivella, que foi para o Patriota, mas passou a contar com Wellington Dias que deixou o PRTB.
- Fernando William
- Wellington Dias
Podemos
O Podemos, sucessor do PTN, elegeu apenas Luiz Carlos Ramos Filho em 2016, que foi para o PMN. Mas o partido passou a contar com Carlos Eduardo, que era do SD e Zico Bacana que deixou o PHS.
- Carlos Eduardo
- Zico Bacana
PT
O PT talvez tenha sido o único partido a manter os mesmos vereadores por 4 anos seguidos.
- Luciana Novaes
- Reimont
Solidariedade
No Solidariedade, o partido trocou seus vereadores, saiu Dr. Jorge Manaia e Dr. Carlos Eduardo, e viu entrar Jairinho, que deixou o MDB, e Fátima da Solidariedade, que apesar do nome, era do PSC.
- Jairinho
- Fátima da Solidariedade
Avante
Já o Avante, novo nome do PTdoB, manteve-se com Ítalo Ciba, que foi o vereador eleito com menos votos em 2016, apenas 6.023.
- Italo Ciba
Democracia Cristã
O Democracia Cristã que não tinha eleito nenhum vereador em 2016, deu guarida a William Coelho, que abandonou o MDB.
- William Coelho
MDB
O MDB certamente é o partido que mais sofreu de 2016 a 2020, com quase todos seus líderes presos ou envolvidos em escândalo, o partido simplesmente perdeu todos os vereadores eleitos em 2016. Da maior bancada da Câmara com 10 vereadores, passou a ter só 1! Paulo Messina, que foi eleito pelo PROS, e vai ser candidato a prefeito do Rio.
- Paulo Messina
Patriota
Como dito, Renato Moura deixou o PDT, de esquerda, e foi para o extrema direita Patriota. O partido elegeu em 2016 Val da Ceasa, que hoje está na ALERJ.
- Renato Moura
PL
Já Júnior da Lucinha é outro nome a desembarcar do MDB, e foi para o PL, o antigo PR. O partido não elegeu ninguém em 2016.
- Júnior da Lucinha
PMN
Já o PMN que tinha eleito Dr. Gilberto e Jair da Mendes Gomes, viu os 2 trocarem de legenda, PTC e PROS respectivamente. Mas o filho do homem de chapéu, Luiz Carlos Ramos Filho, decidiu ir para ele
- Luiz Carlos Ramos Filho
PROS
O PROS, que era o partido de Messina, agora dá espaço para o ex-PMN Jair da Mendes Gomes.
Jair da Mendes Gomes
PTB
Marcelo Arar foi o único nome eleito pelo PTB a continuar no partido.
- Marcelo Arar
PTC
Doutor Gilberto deixou o PMN pelo PTC, que não tinha eleito ninguém em 2016.
- Doutor Gilberto