O verão chegou e, com ele, a promessa de dias quentes e mudanças climáticas importantes no Rio de Janeiro e no Sudeste do Brasil. Segundo a AtmosMarine, consultoria especializada em Meteorologia e Oceanografia, a estação será marcada por temperaturas acima da média histórica em grande parte do país e pela possibilidade de chuvas volumosas no litoral fluminense e paulista.
O fenômeno climático La Niña, ainda que de fraca intensidade, está oficialmente instalado, com o índice Niño 3.4 marcando -0,5. A expectativa é que o fenômeno se prolongue até março ou abril de 2025, intensificando a ação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Este sistema atmosférico, caracterizado por um corredor de umidade que se estende da Amazônia ao oceano, é responsável pela formação de chuvas persistentes e fortes, especialmente em áreas como o norte do Rio de Janeiro e o litoral paulista.
Além disso, a previsão aponta para um cenário de chuvas abaixo da média em outras regiões do país, como o Norte, Nordeste e interior do Sudeste, enquanto o Sul deverá registrar precipitações mais próximas de sua média histórica.
Calor intenso e desafios climáticos
As temperaturas, já conhecidas por subirem nesta época do ano, devem ser ainda mais altas em boa parte do Brasil, incluindo o Rio de Janeiro. O calor, aliado à possibilidade de chuvas intensas, exige atenção redobrada de gestores públicos e moradores, sobretudo em áreas suscetíveis a alagamentos e deslizamentos de terra.
Enquanto isso, o fenômeno La Niña, apesar de sua atuação tardia e de baixa intensidade, não deve provocar mudanças drásticas no padrão climático brasileiro, o que mantém o alerta para condições extremas no Sudeste.
Previsão orienta planejamento urbano e econômico
As atualizações meteorológicas da AtmosMarine têm impacto direto em setores como agricultura, energia e gestão pública, oferecendo subsídios para decisões estratégicas em períodos críticos.
“Mesmo com um La Niña tardio, a combinação da ZCAS com altas temperaturas e chuvas localizadas pode trazer desafios importantes, especialmente em áreas urbanas do Rio de Janeiro”, destacou a consultoria em nota.
Com este cenário, o verão carioca promete ser intenso, exigindo atenção tanto para aproveitar as praias e as belezas da estação quanto para lidar com os possíveis efeitos do clima extremo.