Em uma entrevista exclusiva ao jornalista Felipe Lucena, do DIÁRIO DO RIO, a vereadora e candidata à reeleição Mônica Benício (PSOL) destacou suas principais pautas para as eleições municipais de 2024. Conhecida por seu ativismo em defesa dos direitos das mulheres e da comunidade LGBTQIA+, Mônica abordou temas como o feminicídio, a violência de gênero e a necessidade de políticas públicas efetivas que possam transformar a realidade do Rio de Janeiro.
Enfrentamento ao Feminicídio e Violência de Gênero
Uma das principais preocupações de Mônica Benício é o crescente índice de feminicídios no Brasil, com o país ocupando a vergonhosa posição de quinto lugar no ranking mundial de assassinatos de mulheres. Ela criticou a falta de políticas públicas efetivas que busquem enfrentar essa violência de forma concreta.
Em 2022, Mônica aprovou na Câmara Municipal do Rio de Janeiro o Programa de Enfrentamento ao Feminicídio, um projeto desenvolvido com a contribuição de diversas pesquisadoras e militantes feministas. Contudo, a vereadora lamenta que, até hoje, o programa não tenha sido implementado pela prefeitura.
“O programa foi aprovado, virou lei, mas está engavetado. Isso reflete uma administração que prefere investir em publicidade para parecer que está fazendo algo, mas não está produzindo políticas públicas reais que gerem um legado para a cidade do Rio,” destacou Mônica.
Desafios e Esperanças para o Futuro
Mônica Benício também discutiu os desafios que enfrenta como uma das poucas mulheres na Câmara Municipal do Rio, onde defende pautas progressistas e de direitos humanos. Ela destacou a necessidade de mais mulheres comprometidas com essas causas no legislativo carioca, para que temas como a igualdade de gênero e os direitos LGBTQIA+ possam avançar.
“A Câmara Municipal do Rio é majoritariamente masculina e conservadora. Precisamos de mais mulheres, mas não de qualquer mulher. Precisamos de mulheres que estejam comprometidas com a defesa dos direitos das mulheres e da diversidade,” afirmou.
Defesa da Comunidade LGBTQIA+ e Direitos Humanos
Outro ponto central do mandato de Mônica Benício é a defesa dos direitos da comunidade LGBTQIA+. Ela ressaltou que, apesar de alguns avanços, ainda há muito a ser feito para garantir a segurança e os direitos dessa população. Entre as propostas aprovadas por Mônica está a inclusão do Dia da Visibilidade Lésbica no calendário oficial da cidade, um projeto que enfrentou resistência na Câmara, mas que Mônica considera um marco na luta pela visibilidade e cidadania das mulheres lésbicas.
“Visibilidade confere cidadania. E a inclusão desse dia no calendário oficial é um reconhecimento social que obriga o Estado a olhar para essa população e fazer políticas públicas para ela,” explicou.
A Luta Contra o Bolsonarismo e a Defesa da Memória de Marielle Franco
Mônica Benício também abordou o legado de Marielle Franco, sua companheira assassinada em 2018, e a importância de combater o bolsonarismo e a violência política no Rio de Janeiro. Para Mônica, o combate ao bolsonarismo não é apenas uma questão política, mas de defesa da democracia e dos direitos humanos.
“O bolsonarismo não pode existir como projeto político em nenhuma esfera. Esta eleição é uma oportunidade de derrotar o bolsonarismo nas urnas e construir uma cidade mais justa e igualitária,” afirmou.
Recado Final
Ao final da entrevista, Mônica Benício deixou um recado aos eleitores, destacando a importância de se informar sobre as pautas e os candidatos antes de votar. Ela reforçou a necessidade de uma mudança radical na política do Rio de Janeiro, apostando em um projeto de cidade que combata as desigualdades e valorize a vida de todos os cidadãos.
“A política está em tudo e incide sobre nossas vidas. Para transformá-la, precisamos incidir sobre ela, acompanhando de perto nossos representantes e cobrando mudanças,” concluiu.
A entrevista completa pode ser conferida no canal do Diário do Rio no YouTube.
Combater o Bolsonarismo NÃO é somente falar sobre agenda gay e feminicídio. É muito mais além do que isso.
Mas é o PSOL sendo PSOL.