Vereadores discutem impacto do novos campus do IMPA no Horto

O projeto que ampliar e diversificar as atividades do IMPA em pesquisa, educação e parceria encontra resistência dos vizinhos no Horto

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
Fotomontagem de como ficará o novo campus do Impa | Foto: Divulgação

Ocorreu nesta terça, 1/6, uma audiência pública convocada pela Comissão de Meio Ambiente, para debater o projeto do novo Campus do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) que começa a ser construído no Horto, em terreno contíguo à sua antiga sede, doado ao instituto em 2014 pela Família Marinho.

O projeto, que visa ampliar e diversificar as atividades do IMPA em pesquisa, educação e parceria com o setor produtivo, conta também com alojamentos para abrigar alunos e pesquisadores visitantes, que se mantêm na cidade com bolsas de mestrado e doutorado e encontram dificuldades devido aos elevados valores de aluguel praticados no Rio.

Planejado para ocupar uma área correspondente a 3,5% do terreno, o novo complexo vem ocasionando manifestações contrárias por parte de moradores vizinhos e setores da sociedade civil preocupados com os impactos da construção sobre o meio ambiente.

De forma a colocar em diálogo todas as instâncias interessadas no debate, a audiência pública contou com a participação dos seguintes representantes: Marcelo Viana (Diretor do IMPA), Sérgio Fontoura (Engenheiro Geotécnico), Anderson Marins (Geo-Rio), Carlos Minc (Deputado Estadual, PSB, e ex-ministro do Meio Ambiente), Vinicius Andrade (arquiteto, autor do projeto), Marcelo Carvalho (Biólogo, representante da Biovert), Eduardo Cavaliere (Secretário de Meio Ambiente), além de representantes das quatro associações de moradores vizinhas ao projeto: AMA Jardim Botânico, AMA Horto, AMA Alto Jardim Botânico e AMA da Rua Barão de Oliveira Castro.

Advertisement

Os setores contrários à continuação da obra colocaram, como principais temores, a movimentação de terra que será ocasionada e a possibilidade de se desestabilizarem os maciços geológicos na área, considerada de alto risco para construções, bem como a preocupação com o desmatamento de mata atlântica que o empreendimento ocasionará.

Já os que defendem o projeto, consideram-no como uma contribuição do IMPA para a cidade e para a vizinhança, para além dos benefícios sociais próprios à ampliação das funções educacionais e de pesquisa, levando em conta que haverá, como compensação para a retirada de 255 árvores (muitas de espécies exóticas), o replantio de 4250 mudas nativas, no próprio terreno, contribuindo para o aumento do equilíbrio ecológico da região. Além disso, serão realizadas obras de segurança hídrica e estabilização geológica em diversos pontos do terreno, melhorando as condições de instabilidade que existem hoje e que, caso o projeto não existisse, permaneceriam de risco.

O vereador Pedro Duarte (Novo) cobrará a publicização destas licenças e que sejam feitos os esclarecimentos necessários para que o projeto caminhe. O vereador também acredita no potencial do novo campus para aumentar a atuação do IMPA, uma instituição de referência, reconhecida mundialmente como expoente de ensino e pesquisa científica. Defende que o projeto passou pelos procedimentos necessários, ditados pela legislação urbanística e ambiental da cidade, tendo cumprido os requisitos colocados pela lei e que, desta forma, não deveria encontrar entraves para ser consolidado.

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
entrar grupo whatsapp Vereadores discutem impacto do novos campus do IMPA no Horto
Advertisement

2 COMENTÁRIOS

  1. O IMPA é uma das poucas coisas que podem dar orgulho ao Rio, deixem o projeto acontecer com as devidas contrapartidas. Melhor do que acabar indo pra SP.

  2. Deixem o IMPA fazer a intervenção – é uma das coisas de excelência que temos em nosso Estado. Escolham incomodar a quem cria e expande favelas, faz ocupações e/ou grilagens.

Comente

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui