Vereadores discutem revisão do programa que incentiva a oferta de moradias no Centro

Recesso tem início no próximo dia 29. Com isso, votação corre risco de ficar para o segundo semestre

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Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio de Janeiro - Foto: Daniel Martins/Diário do Rio

No início de março, o poder Executivo encaminhou dois projetos à Câmara Municipal do Rio de Janeiro, visando alterar as regras do programa Reviver Centro. O programa foi lançado com o objetivo de incentivar investidores interessados em construir residências na região. Nesta terça-feira (20/06), os vereadores começaram a debater as propostas, que ainda não possuem pareceres das comissões. A votação pode acabar sendo adiada para o segundo semestre, devido ao início do recesso em breve. A informação foi divulgada pelo jornal “O Globo”.

O líder do Governo na Câmara, Átila Alexandre Nunes (PSD), afirmou que aprovar os projetos este mês é difícil, mas não impossível. Segundo ele, regimentalmente não é possível solicitar urgência para projetos que tratam de urbanismo. No entanto, estão avaliando a possibilidade de convocar sessões extraordinárias e acelerar o processo. O presidente da Câmara do Rio, vereador Carlo Caiado (PSD), declarou que a intenção é votar a medida antes do recesso de julho, enfatizando a prioridade dada à revitalização do Centro.

No primeiro dia de discussões, os vereadores já debateram possíveis alterações. Pedro Duarte (Novo) é contra a expansão do programa para determinadas áreas da Barra da Tijuca. Já Teresa Bergher (PSD) pretende apresentar uma emenda para excluir Lagoa e Botafogo das regiões em que os investidores poderiam construir, como contrapartida para quem apostar no Centro. Ela argumenta que esses bairros já são muito densos em termos populacionais.

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Sancionado em 14 de julho de 2021, o Reviver Centro quer contornar o esvaziamento progressivo da 2ª Região Administrativa (Centro e Lapa), potencializado pela pandemia do Covid 19. Com 5,72 km2 de área, a região concentra a maior rede de transporte público de alta capacidade da cidade e 800 mil empregos formais. Mas, por outro lado, possui a segunda menor densidade populacional do Rio, com apenas 41 mil moradores.

O plano urbano estabelece diretrizes para a requalificação urbana e ambiental, e incentivos à reconversão e conservação das edificações existentes e à produção de unidades residenciais. A construção de novas moradias e a transformação de uso de prédios ociosos aproveitam o grande potencial de infraestrutura, colaborando na redução de deslocamentos de transporte e diminuindo a pressão para a expansão da malha urbana da cidade.

O plano urbano institui ainda o instrumento da Operação Interligada, com objetivo de estimular reconversões de prédios comerciais para residenciais e produzir soluções de habitação social no Centro.

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