Victer: Lições para a vida que vem da Copa – Os 7 erros capitais

Um dos líderes do estado do Rio, Wagner Victer mostra que na seleção brasileira em 2022 faltou liderança, houve miopia e sobrou soberba

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Foto: Fifa/Twitter

Normalmente, a partir de uma série de ocorrências, podemos tirar lições importantes não só para vida pessoal, como também para a vida profissional. No caso da Copa do Mundo até para a própria atividade esportiva de competição em alto grau e com grande exposição os paralelos são bastante possíveis.

Primeiro, importante destacar que normalmente os analistas só buscam observar as lições depois das derrotas, mas temos as principais lições quanto a erros que devem ser observadas, especialmente nos momentos das vitórias, que não são percebidas ou que ficam na cortina de fumaça e a Copa do Mundo nos trouxe muito isso.

Fazendo um resumo das lições da Copa, obtidas até então, podemos listar em 7 pontos fundamentais, ou “erros capitais”, sobre o que vem acontecendo:

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1- O resultado se faz por meio de uma forte equipe, porém é importante que se tenha associada a ela um talento

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Richarlison comemorando gol em Brasil x Sérvia pela Copa do Mundo 2022 – Foto: Lucas Figueiredo/CBF

É claro que uma integração de equipe é fundamental para qualquer resultado contínuo e perene. A presença, porém, do talento faz com que você estabeleça uma importante referência positiva para o grupo.

O caso da Argentina é muito concreto, onde a referência Messi fez com que, mesmo começando mal, tenha evoluído ao longo da competição. Em um diâmetro oposto, temos o enfraquecimento na referência ao Cristiano Ronaldo, onde por uma decisão equivocada do técnico de Portugal no jogo de Marrocos os levou ao fracasso.

Aliás, o talento não pode ser aquele que tem como foco atingir o reconhecimento individual e não o sucesso do grupo. A busca de recordes individuais, como muito aconteceu nessa Copa, é nocivo.

2- É necessário ter um líder

Neymar em ação pelo Brasil contra a Sérvia pela Copa do Mundo 2022
Neymar em ação pelo Brasil contra a Sérvia pela Copa do Mundo 2022 – Foto: Lucas Figueiredo/CBF

É fundamental que se tenha um líder para desenvolver qualquer equipe ou para qualquer conjunto de ações. A questão dos resultados, positivos e negativos, demonstram e lançam luz sobre a questão que um líder não atua somente nas vitórias, mas também as derrotas. O comentário dos cronistas que acontece depois da derrota do Brasil nos pênaltis para a Croácia foi bastante pertinente.

Após uma derrota daquela, nunca um Técnico como Tite poderia sair de campo e ir direto para o vestiário largando seus jogadores. Da mesma forma, em uma grande vitória, um líder tem que estar presente e sua ausência demonstra fraqueza na obtenção da vitória.

3- São as miopias nas grandes vitórias que nos levam às derrotas

Muitas vezes, diante de grandes vitórias, acabamos escondendo os erros e eles acabam prosperando para outro momento e criando momentos para uma derrota que pode ser definitiva. Ficamos no Brasil altamente inebriados por uma vitória em cima dos coreanos do sul, porém por uma equipe que apresentou os mesmos defeitos que levaram a derrota à Coreia.

Isso claramente se colocou em outros desdobramentos históricos em Copas, como a própria Alemanha pós vitória no Mundial de 2014 que se considerou soberana em seu modelo e efetivamente não fez suas renovações. É muito importante ter a crítica nos momentos de vitória mostrando as falhas e atuando fortemente para as reverter.

4- As vitórias não acontecem quando amizades e compadrios existem

É fundamental descobrir e ter a certeza que amizades não podem perdurar e continuar com privilégios em sistemas competitivos. Nessa linha o compadrio é muito pior, pois faz com que no momento de força venhamos a relaxar para favorecer alguma pessoa que nos é mais próxima em detrimento a outra mais competitiva.

O caso da seleção brasileira foi muito claro e as críticas como levar filhos para compor equipes de Comissão Técnica e a própria convocação do Daniel Alves para lateral direita, um jogador que estava parado há meses, levaram a uma fragilidade importante, em especial quando precisávamos efetivamente de pessoas que estivessem na sua melhor fase.

O compadrio e amizades vão muito além da escolha de alguém de baixo desempenho, mas sim por conta de interesses que existiram com a convocação de alguns jogadores até então sequer especulados, mas nitidamente, apesar de bom desempenho na competição, foram nitidamente levados por interesses empresariais como no caso do Martinelli. A escalação de todos os jogadores para dar “minutagem” em Copa do Mundo é uma prática vergonhosa.

5- A força ou capacidade não pode ser exposta através da soberba e da ostentação

Bife de Ouro Victer: Lições para a vida que vem da Copa - Os 7 erros capitais
Imagem: Reprodução/Nineteen Ninety Restaurant

Possivelmente tínhamos no Brasil e em algumas outras seleções que foram eliminadas, um poderio claro em relação as que atualmente são finalistas! Porém, inaceitável as exposições soberbas como os batuques em ônibus, os cabelos platinados, e joias de elevador valor, inclusive sendo usadas durante o aquecimento em campo.

Aliás dá para se notar que não acontecem com os quatro finalistas onde essa ostentação não acontece. O episódio com o bife revestido de ouro talvez tenha sido uma das maiores exposições de soberba durante a competição. Erro primário, básico e que muitos acharam até bonito.

6- Humildade até nas grandes vitórias

É claro que o Brasil tem uma cultura própria de alegria, porém as dancinhas em forma de papagaiada, inclusive já criticadas em outros países, devem ser amenizadas para ser utilizadas em uma Competição Internacional, pois acaba sendo algo muito negativo em relação a imagem quando uma vitória de nosso país se coloca em relação a derrota de um país.

Essa postura da seleção brasileira que alguns acham bonito e até celebram, é uma das razões onde tivemos a questão da imagem pessoal sendo colocadas em primeiro plano em relação ao resultado e ao foco.

7- Após os erros e derrotas atuar rapidamente para corrigi-los e sair dos lamentos

A melhor forma de corrigir erros não é ficar meramente lamentando em uma discussão etérea e sim concretamente agir de forma rápida e incisiva. Infelizmente não temos visto uma série de seleções que foram eliminadas da Copa fazendo modificações bruscas em relação aos seus erros do passado, ficando somente numa chamada “profissão de fé” de que as coisas vão melhorar e que os erros não voltarão a acontecer.

Uma Copa do Mundo não é uma mera competição esportiva! É uma confrontação de estratégias diante do mundo e deve trazer mensagens e aprendizados e não só o lamento.

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1 COMENTÁRIO

  1. Uma seleção que é uma verdadeira fogueira das vaidades, vai para as Copas preocupada só em ganhar o “hexa” e numa arrogância total está fadada a voltar para casa mais cedo, como tem acontecido há algum tempo. Vá preocupada em ganhar cada jogo como se fosse uma final, respeitando os adversários, sejam famosos ou não que o hexa virá naturalmente…menos “dancinhas” e mais futebol ajudaria muito…

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