Violência gera perda de até R$ 12 bilhões por ano à economia do RJ, aponta CNC

Estudo da CNC aponta que a violência gera perdas de até R$ 11,48 bilhões por ano no RJ, o equivalente a 0,9% do PIB estadual.

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A violência urbana impõe um custo alto à economia do Estado do Rio de Janeiro, com perdas estimadas entre R$ 10,76 bilhões e R$ 11,48 bilhões por ano, o equivalente a cerca de 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual. Os dados constam em um estudo inédito da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que será apresentado nesta terça-feira (26) ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

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O levantamento avalia o impacto da criminalidade sobre o setor terciário, com foco nos efeitos econômicos da insegurança pública nas cidades fluminenses. A metodologia utilizou técnicas econométricas para mensurar os impactos diretos e indiretos da violência sobre a atividade econômica local.

“A criminalidade influencia diretamente a vida das pessoas e o funcionamento das empresas. Além disso, impõe custos adicionais, como seguros mais caros, gastos com monitoramento privado e dificuldades para atrair investimentos externos”, afirma o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares. “A questão da segurança pública, especialmente no combate ao crime organizado, precisa ser tratada com máxima seriedade”, completa.

Os números da CNC dialogam com estimativas do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que calcula em R$ 372,9 bilhões anuais as perdas causadas pela violência no Brasil. No caso do Rio de Janeiro, esse valor chega a R$ 32 bilhões, dos quais R$ 13 bilhões correspondem aos efeitos diretos dos crimes violentos.

Enquanto o BID adota uma abordagem macroeconômica, analisando o impacto da criminalidade por país, a CNC desenvolveu uma metodologia ascendente, partindo dos dados municipais para compreender os efeitos em nível estadual. “São métodos diferentes, mas os resultados convergem e demonstram que a criminalidade tem um peso significativo sobre a economia”, explica Tavares.

A apresentação do estudo ocorre em meio ao aumento do debate sobre a necessidade de reforçar políticas de segurança pública, tanto para conter o avanço do crime organizado quanto para reduzir os prejuízos impostos à sociedade e ao setor produtivo.

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4 COMENTÁRIOS

  1. Já não está na hora de pararmos com esse termo “violência” e passarmos a usar o termo correto: criminalidade? “Violência” é um termo criado há anos pelos tais “especialistas”, os mesmos que aplaudem a “ADPF das favelas”.
    O problema chama-se criminalidade, é assim que se pode construir sujeito e predicado de forma adequada ao se referir ao tema.
    A criminalidade é o que explica tanto banditismo que assola às ruas do RJ, como também a corrupção das corporações policiais e de parte do judiciário fluminense, incluindo também os políticos sempre ávidos em nomear comandantes de batalhão e delegados titulares. É isto o que explica o controle territorial de parte significativa da região metropolitana do RJ.

  2. E quem está se importando? Políticos estão brincando de pão e circo, ainda que díficil pelo custo das coisas. Empresários devem estar arregaçando no rentismo das bolsas e o povo. A narco-trafico-milicia está de vento em popa. E o povo vai de cervejinha. Picanha tá cara mas a cerveja tá em conta. 12Bi, $ de pinga.

    • Basta rezar para pneu, dar calote na dívida do Estado e falar que o governador não é culpado de nada e que segurança pública e responsabilidade do síndico do meu prédio!

  3. Enquanto o Rio de Janeiro e sua população perdem com a incapacidade e conivência do governo do Estado, os vereadores do PL impedem o armamento da guarda municipal para coibir pequenos crimes.

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