Viradouro, atual campeã do Carnaval do Rio, escolhe enredo para o desfile de 2025

Enredo abordará entidade afro-indígena, líder de quilombo do século 19

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Em 2025, escola vai lembrar líder de quilombo no século 19, na Marques de Sapucaí. Reprodução: Viradouro/Divulgação.

Nesta segunda-feira (08), a Viradouro, atual campeã do Carnaval carioca, revelou o enredo para buscar o bicampeonato em 2025. A escola de Niteroí contará a história de Malunguinho, líder quilombola do século 19, na Marquês de Sapucaí. O enredo “Malunguinho: O Mensageiro de Três Mundos” foi divulgado nas redes sociais da agremiação por meio de um vídeo, evidenciando a jornada do líder do quilombo do Catucá, em Pernambuco.

O enredo, assinado pelo carnavalesco Tarcísio Zanon, tem como objetivo transportar o público para a primeira metade do século XIX, em Pernambuco, onde o quilombo do Catucá se destacava como um reduto de resistência. Nesse período, João Batista, mais conhecido como Malunguinho, enfrentou intensa perseguição. “O quilombo do Catucá era foco de resistência e viu seu último líder, João Batista, o Malunguinho, ser duramente perseguido por seus atos libertários”, ressalta a publicação.

Ao fugir das emboscadas, João Batista se refugiava nas matas, onde teve contato com indígenas e aprendeu o segredo da força das ervas. Assim, tornou-se o “Mensageiro de Três Mundos: Mata, Jurema e Encruzilhada”. Segundo a tradição, o líder quilombola possuía a chave mágica para abrir a senzala e possuía a habilidade de proteger aqueles que a ele recorriam.

O carnavalesco Tarcísio Zanon destaca, em entrevista para Agência Brasil, que o enredo nasceu da ideia de reorganizar o imaginário do povo brasileiro. Para ele, a escolha dos enredos representa uma oportunidade de apresentar ao público personagens históricos importantes que permaneceram desconhecidos por muito tempo.

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“A Viradouro, com a missão de escola de samba, de espaço cultural e de trazer mensagens motivacionais e de reparação histórica, optou por falar sobre esse grande homem, esse grande herói nacional, que ainda não tinha tido na Marquês de Sapucaí e no carnaval carioca essa merecida homenagem”, expõe o carnavalesco.

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