A polêmica da semana é o corte que Marcelo Crivella (PRB) fez de 50% da subvenção das escolas de samba do Grupo Especial, no lugar dos atuais R$ 2 milhões, cada escola passará a receber R$ 1 milhão. Como são 13 escolas, o gasto da Prefeitura do Rio cairia de R$ 26 milhões para R$ 13 milhões, uma senhora economia em época de crise. E o motivo é nobre, com a economia poderia dobrar (de R$ 10 para R$ 20) o valor diário gasto com cada uma das 12 mil crianças matriculadas em 158 creches conveniadas com o município.
É claro que, como qualquer corte, esse gerou controvérsias, especialmente dos presidentes das Escolas de Samba. Inclusive com 5 das 13 escolas ameaçando não desfilar: União da Ilha, Mocidade, São Clemente, Mangueira e Unidos da Tijuca.
Mas aqui cabe a pergunta, o Carnaval é a principal festa da cidade mas é correto que as Escolas contem com uma de suas principais fontes de renda o subsídio oficial, que nada mais é do que dinheiro do pagador de impostos, ou seja, você e eu? Se em época de dinheiro sobrando já é difícil explicar, em crise então nem se fala.
As escolas de samba já recebem dinheiro da transmissão pela Tv e da venda de ingressos no Sambódromo, isso sem contar os shows que fazem, venda de fantasias e por aí vai. E se o dinheiro aperta, que procure outras formas de investimento.
Se um desfile chega a custar R$ 12 milhões como dizem alguns, ou R$ 8 milhões como dizem outros, que procurem desfiles mais baratos, use a criatividade como todo o povo que passa por crise usa. Talvez a LIESA possa fazer desfiles com um carro alegórico a menos, o que já geraria uma grande economia para a escola. Quem sabe com menos tempo de desfile, ele se torne até mais interessante.
Não creio que um desfile mais barato irá atrapalhar o turismo carioca. Não é só da Sapucaí que é feito o mercado turístico do carnaval, os blocos de rua, os bailes e, claro, nossa beleza natural, também são parte importante dos motivos do turista procurar nossa cidade. Tudo é uma questão de se adaptar.