Wagner Portugal nunca teve cargo na Igreja do Rio de Janeiro

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Catedral Metropolitana de São Sebastião - Foto: Alexandre Macieira | Riotur

A despeito das repetidas publicações baseadas na menção do nome do Arcebispo do Rio, Dom Orani Tempestta, pelo presidiário Sergio Cabral Filho, condenado a mais de 100 anos de cadeia por múltiplos crimes, e da delação premiada de Wagner Portugal,  o que se nota é que não há qualquer indício ou prova contra nenhum integrante da Arquidiocese.

O Arcebispo de uma cidade é a maior autoridade da Igreja Católica naquele território. Com isso, sendo o Brasil um país de maioria Católica, o Arcebispo recebe prefeitos, governadores, presidentes, vereadores, e todo o tipo de autoridade, pois sua interação com eles é necessária, de parte a parte. E se estes dignitários com quem o Arcebispo é obrigado a conviver em cerimônias e encontros oficiais forem ladrões, desonestos e quadrilheiros, sinto muito, mas a culpa é nossa. Pois somos nós que os elegemos.

A verdade mais assente neste caso é que a Record TV, propriedade da Igreja Universal do Reino de Deus, está centralizando suas metralhadoras na Igreja Católica, por motivos óbvios, e que a Globo há muito tempo saiu do jornalismo tradicional para o sensacionalista. Hoje em dia, O Globo e Época são meios de comunicação que vivem de manchete. Aqui no mundo do DIÁRIO DO RIO, o mundo online, seriam chamados de “caça clique”.

A conclusão é óbvia pois Dom Orani foi citado de forma completamente não específica: “ele devia saber”, diz o presidiário Cabral, que não lembra mais se sua propina em dado negócio era mesmo 100 milhões. Esquece 100 milhões, mas os outros “deviam”saber.  E mais: estamos falando de um sujeito truculento, que enfrentava a tudo e a todos, mas agora que foi condenado há mais de 100 anos de cadeia, se sente “livre”.  Se sente livre ou quer diminuir seus anos  de prisão?

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Se sairmos da seara do achismo de Cabral e entrarmos no mundo de Wagner Portugal, um lobista igrejeiro que circulava mais no meio da política do que no da Igreja, a coisa piora.  Wagner Portugal nunca trabalhou para a arquidiocese do Rio de Janeiro, nunca exerceu nenhum cargo, e nem mesmo foi padre aqui ! 

Parece até que ninguém nunca ouviu falar daquela típica figura que frequenta  igreja e  leva bolo e pão doce todo dia pro Padre, pra conseguir bolsa em universidade católica, ou uma posição de destaque dentro da paróquia.  O paralelo é simples.  Wagner Portugal era um puxa saco daqueles que tira foto ao lado de quem mal conhece, daqueles que dá presentinho pra secretárias pra ser atendido primeiro.  E o que uma pessoa normal faz?  Sorri, tira foto, cumprimenta, elogia… e ele, por sua vez,  podia querer parecer tão próximo pra usar o nome do Arcebispo em suas supostas maracutaias.

Toda pessoa pública – e sim, senhor, o Arcebispo é uma pessoa MUITO PÚBLICA – sorri e bate papo com milhares de pessoas todos os meses, e algumas dessas pessoas, SIM, tem más intenções.  E algumas tem a habilidade do mal de conseguir parecer mais próximas do que são, e de fazer dinheiro com isso. Não ocorre só na Igreja. Vejo isso, diariamente.

Dom Orani fez sua parte:  vejam só, mesmo com todo o puxassaquismo, com toda a insistência do lobista igrejeiro, nunca se associou a ele. Nunca o deu emprego, função ou cargo na Arquidiocese do Rio de Janeiro. Receber alguém e tirar foto com ela é simplesmente parte da liturgia do cargo que exerce com grande destaque na Cidade Maravilhosa.

É muito importante que este caso seja investigado a fundo, mesmo não havendo sequer um indício de que as afirmações sejam verdadeiras. Uma boa investigação irá revelar a verdade, e, em seu pronunciamento de ontem, o Arcebispo se mostrou absolutamente tranquilo, até porque o fato de alguém utilizar seu nome, não significa que tenha recebido autorização para tal.   Usar o nome dos outros é a maior arma dos piores pilantras.

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3 COMENTÁRIOS

  1. Falar na Record e no prefeito do Rio, porque eles não vem a estação de Cosmos ver a Igreja protestante que fizeram dentro da ferrovia?
    Pois se está em terreno da ferrovia, com certeza tem autorização do prefeito.

  2. A Rede Record adora dar manchetes repetidas quando o assunto atinge a Igreja Católica, mas se abstém de noticiar o péssimo trabalho do prefeito do Rio . E olha que todos os dias surgem notícias do descalabro dessa administração Crivela e a Record ignora isso mas ao mesmo tempo noticia as inaugurações de alguma coisa no Rio. Acreditar nessa imprensa, só trouxa ou alienado.

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