O ex-secretário municipal de Planejamento Urbano do Rio de Janeiro, Washington Fajardo, considerado um dos maiores urbanistas do Brasil, será o responsável por repetir em Belo Horizonte, Minas Gerais, os grandes feitos alcançados no Rio, com o projeto Reviver Centro. Fajardo foi contratado para elaborar um estudo sobre o desenvolvimento do centro da capital mineira. Projeto que, provavelmente, envolverá iniciativas semelhantes ao projeto de soerguimento do Centro da capital fluminense.
Com a contratação do urbanista, em novembro, o Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Belo Horizonte (Codese-BH) pretende desenvolver um plano de requalificação do hipercentro. A estimativa é de que a consultoria do ex-secretário de Planejamento Urbano do Rio dure um ano e meio – período depois do qual entregará um plano de ação de curto a longo prazo para a requalificação do Centro de Belo Horizonte. As iniciativas de Fajardo aqui no Rio já geraram o licenciamento de mais de 5.000 unidades novas de apartamentos no Centro do Rio. O Codese-BH é uma organização da sociedade civil que reúne cerca de 70 instituições como FIEMG, Fecomércio, Sebrae, CDL, Sinduscon e outras.
Segundo Washington Fajardo, a região central da cidade já conta com uma boa estrutura urbana, com um comércio ativo, infraestrutura de transporte, de serviços e de economia. Fatores que são facilitadores para a revitalização urbanística local voltada para a habitação popular.
“Minha percepção é que vocês, em Belo Horizonte, têm uma joia urbanística que precisa ser mais divulgada. Há um comércio muito ativo no centro, de feição popular, por isso não falo em revitalização do hipercentro, mas, sim, em como podemos começar um processo de regeneração dele. A infraestrutura de transporte, de serviços e de economia está baseada ali. Chama atenção que, com essa densidade constituída, haja muitos prédios vazios. Mas isso significa uma oportunidade de fazer um resgate do centro como um local de moradia”, afirmou Fajardo ao jornal O Tempo (MG).
A Prefeitura da capital mineira planeja utilizar os recursos do Fundo Municipal de Habitação Popular, com uma das fontes de financiamento das moradias no hipercentro. Pelo novo plano diretor de BH, de 2019, a execução de construções acima do que é permitido pelas normas — como a edificação de prédio de dez andares sobre um terreno onde é permitido erguer um de quatro andares — paguem a taxa de outorga onerosa à Prefeitura. Pela legislação, parte de tal recurso dever ser destinada ao Fundo de Habitação Popular.
A professora da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e ex-membro do Conselho Municipal de Habitação, Marcela Brandão Lopes afirmou que governos passados cometeram uma falta histórica com a população em não concentrar ações de habitação na região central de Belo Horizonte. No entanto, com a contratação de Fajardo, Marcela Lopes Brandão vê de forma mais esperançosa a execução de projetos habitacionais voltados para as classes populares da capital mineira.
“A questão é o volume de verba destinado à habitação. Mas, agora, esperamos ter uma verba garantida para o fundo, que pode ser utilizada em edifícios no centro e em assessoria técnica, com arquitetos, engenheiros, geólogos dando assistência técnica em favela e ocupações”, declarou a professora.
O programa Reviver Centro foi elaborado a partir de uma série de subsídios para atrair moradores para a região central do Rio de Janeiro, com o objetivo de reverter o esvaziamento da região – fenômeno intensificado com a pandemia da Covid-19, em 2020, que levou à desocupação de 45% prédios comerciais na cidade, segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Imóveis (Abadi). “A ressignificação do Centro Histórico, apesar de ainda sofrer com a questão da mendicância e da camelotagem ilegal, se tornou numa realidade. Novos lançamentos de apartamentos vêm ocorrendo, do Bairro de Fátima à Zona Portuária, da Cinelândia à região da Cruz Vermelha. Além disso, novas lojas vêm abrindo no Centro, que trarão muito movimento“, disse ao DIÁRIO a superintendente da Sergio Castro Imóveis, Lucy Dobbin. A imobiliária é a maior da região. Lucy lembrou a inauguração da mega-loja Casas da Mamãe, na Almirante Barroso, a nova loja Tubarão Atacadão, na Riachuelo, entre outras inaugurações que geraram grande burburinho. “A compra do Edifício Serrador pela Câmara Municipal deve também fazer um grande bem à Cinelândia“, complementa.
O projeto Reviver Centro tem na facilitação de crédito para servidores municipais uma das frentes para requalificação da área, onde se concentra a administração pública. A Prefeitura do Rio conta ainda com a estratégia de subvencionar os aluguéis de famílias com renda de até seis salários-mínimos, com prioridade para quem ganha menos nessa faixa. Além disso, uma lei recentemente aprovada na ALERJ, de iniciativa do deputado estadual Alexandre Freitas, deu grandes descontos e incentivos tributários a comerciantes da região.
Algumas informações são do jornal O Tempo (MG).
Vai fazer lá, o que não deixaram fazer por aqui. E o Rio, mais uma vez vai ficar atrás de outras capitais, que se aceleram com idéias nascidas aqui.
O que eu tinha para escrever já o fizeram. O cara nem começou a trabalhar aqui no Rio de Janeiro – só aventou ideias ao vento, não deu tempo ainda de colher os frutos para sabermos se dá certo… e já tá jogando confetes pelo interesse da outra cidade, que já deve ter aprendido que no Brasil basta fazer marketing que tá tudo certo… Resultados? Não são necessários pro povo ser feliz.
Igual ao prêmio nobel da paz do obama: ele não fez nada, recebeu o prêmio pelo “o que ele iria fazer”… e acabou não fazendo! O marketing ficou.
Vocês devem estar de brincadeira. Onde que o plano do Centro foi bem sucedido? A experiência de andar pelo centro do Rio é umas das mais deprimentes que se pode ter.
Boa sorte, aqui o Centro do Rio foi morto e enterrado pelo Dudu “nervosinho” Paes, q destruiu o centro com esse trenzinho que leva o carioca do nada a lugar nenhum, faliu milhares de lojas e hoje em dia o centro está um deserto. A fórmula para acabar com o centro da cidade de qualquer lugar foi essa: Acabar com as linhas de ônibus e pontos finais no centro; incentivar fechamento das lojas tradicionais para colocar botequins no lugar; aumentar as praças para ficarem enormes e sem ninguém e estreitar as vias dos carros (famoso “só passa um”), de modo a ficar tudo intransitável e caótico; muita sujeira; mendigos e afins. Essa a fórmula mágica que o Dudu fez no Rio. Ah, esqueci o principal, botar um trenzinho só pra turista ver, obras intermináveis de quebra-quebra de ruas, a fim de enterrar o comércio.