Web Summit deve gerar para o Rio R$ 1 bilhão em acordos de cooperação

Cálculos da Prefeitura projetam que as seis edições do evento devem gerar R$ 1,5 bilhão para a economia carioca

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Segunda edição do Web Summit Rio atraiu quase 35 mil pessoas por dia ao evento / Fábio Motta (Prefeitura do Rio)

Realizada entre os dias 15 e 18 de abril, no Rio Centro, Zona Oeste da cidade, a segunda edição do Web Summit ultrapassou todos os resultados da edição anterior. Somente em acordos de cooperação assinados pela Invest.Rio – agência da Prefeitura de promoção e captação de investimentos – o evento deve gerar mais de R$ 1 bilhão (US$ 200 milhões) para o Rio, nos próximos quatro anos. De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico (SMDUE), até 2028, o Web Summit deve movimentar R$ 1,5 bilhão nas seis edições do evento.

Considerado como um dos maiores eventos de tecnologia do planeta, o Web Summit foi representando por 102 países e 518 palestrantes. O encontro  atraiu quase 35 mil pessoas (34.397) diariamente – 61% a mais do que na edição anterior, que registou 21.367 visitantes por dia. As mulheres que, em 2023, eram minoria como participantes, empreendedoras, palestrantes e debatedores, na atual edição, apresentaram uma forte atuação, com 47,5% de participantes; 45% de empreendedoras à frente de startups; e 39% de palestrantes e debatedores.

“O Web Summit foi um sucesso, conseguimos fechar US$ 200 milhões em acordos para a cidade. Estamos supersatisfeitos e animados, esperando até que a edição do ano que vem seja ainda maior que essa. Tivemos cerca de 35 mil pessoas por dia no evento. Acho que temos capacidade de chegar aos números parecidos com Lisboa, atingindo 70 mil, até porque temos a América Latina toda querendo aportar e a chegar aqui no nosso evento”, comemorou Chicão Bulhões, secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico.

Aportaram ao Web Summit, segundo os organizadores do evento, 1.066 startups, representando 42 países e 31 indústrias. Além da boa participação das mulheres, os negros também marcaram uma boa presença, como fundadores de startups, 22%. Segundo a Prefeitura, o evento atraiu 499 investidores e 175 empresas parceiras, como: IBM, Huawei e Salesforce. Também participaram da cobertura do Web Summit, 844 veículos de comunicação do mundo todo.

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Entre os 10 acordos de cooperação firmados pela Invest.Rio, os destaques são a Unicorn Factory, cujo objetivo é atrair startups de Lisboa para se estabelecerem na cidade do Rio, promovendo a integração dos ecossistemas das duas cidades; e a Kate Capital, por meio da Kate Blockchain, empresa responsável pela tokenização do grupo de inovação FCJ Venture Builder.

O presidente da Invest.Rio, Alexandre Vermeulen, ressaltou que o Web Summit representa uma grande oportunidade de apresentar e dar visibilidade a todo o potencial de negócios do Rio de Janeiro.

“O número de investimentos, no mínimo, dobrou da edição passada para esse ano. Fizemos mais de 60 reuniões de negócios com investidores, fundos de venture capital, academia e representações diplomáticas de internacionalização de empresas. Fechamos vários acordos de cooperação técnica, que certamente terão grande impacto econômico. O Rio de Janeiro é lindo, tem muitas belezas naturais, mas também tem muitas vocações como energia, óleo e gás, economia criativa, saúde, biotecnologia, economia do clima e turismo. Estamos caminhando também para ser a capital da inovação na América Latina”, observou Vermeulen.

Com data de realização, nos dias 18 e 19 de novembro, o G20 foi estrategicamente inserido pela Prefeitura no Web Summit, por meio do Startup20, grupo de engajamento criado na Índia, no ano passado. A ação promoveu uma grande sinergia entre os eventos, além de permitir a racionalização de recursos, através de uma divulgação antecipada e indireta.

O encontro foi organizado pela ABStartups e reuniu 420 participantes, com delegações de 22 países e da União Europeia, que abordaram temas como políticas públicas para inovação, ESG, impactos da inteligência artificial, e regulação financeira e fintechs. Esta é a segunda vez que Startup20 se reúne no Brasil. A primeira vez aconteceu, em fevereiro deste ano, na cidade de Macapá, localizada no Amapá.

“A ideia do prefeito Eduardo Paes foi a colocar o G20 dentro do Web Summit com o Startup20. Essa visão promoveu uma economia maior de recursos e uma sinergia com este grande evento internacional de inovação. A reunião de dois dias foi bem-sucedida e contou com um número expressivo de 400 participantes, entre representantes de empresas, agências de fomento, e órgãos públicos de 23 países. O Startup20 é uma oportunidade para debater questões fundamentais sobre inovação e empreendedorismo e para que lideranças dos setores de inovação possam apresentar um comunicado para os líderes de governo e de Estado das maiores economias do mundo, que se reúnem na Cúpula do G20, em novembro”, disse Lucas Padilha, presidente do Comitê Rio G20.

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