Numa tarde de domingo, no final de 1966, fui assistir à minha primeira partida de futebol no Maracanã. Para os associados do clube mandante, havia a possibilidade de ocupar as cadeiras azuis, que ficavam sob a arquibancada. Apesar de desfrutar de um pouco mais de conforto do que os degraus de concreto, a visibilidade não era boa, principalmente em relação ao que acontecia na lateral oposta do gramado. Faltava o calor da torcida, os papéis picados e o grito coletivo de gol. Alguns anos depois, frequentador assíduo das arquibancadas, jamais retornei àquele “lugar privilegiado”.
Em campo, dois times com uniformes distintos: um deles, o Botafogo, com camisas alvinegras em listas verticais, calções negros e meiões cinzas; o outro, minha paixão à primeira vista desde aquele jogo, usava uma camisa vermelha, calções e meias brancas. Era o America (sem acentuação, pois a denominação original se inspirava no inglês) Football Club, tradicional agremiação esportiva do Rio de Janeiro, que completa 119 anos no dia 18 de setembro.
Ainda que meu pai advertisse que torcer pelo America era sofrimento, naquela tarde de domingo o time com Ari no gol, Alemão na zaga, Edu e Eduardo no ataque, começando carreiras notáveis, venceu por 3 x 0. Estava decidido, a cor do pavilhão era a cor do meu coração.
Apesar da difícil situação em que se encontra, fora do campeonato brasileiro e na segunda divisão do Campeonato Carioca, acumula sete títulos de campeão, uma trajetória de disciplina, incluindo Belfort Duarte, zagueiro que batizou o prêmio para jogadores que ficassem dez anos sem expulsões. Foi Belfort Duarte o responsável pela inclusão de atletas negros no time principal e integrou a equipe responsável pelo primeiro título carioca, em 1913.
Após a saída de seu estádio da Rua Campos Sales, o America não voltou a vencer um campeonato carioca. O título de primeiro campeão do Estado da Guanabara, vencido sobre o Fluminense, em 1960, foi a derradeira conquista estadual.
Das imediações da Praça Afonso Pena, o clube transferiu-se para modestas instalações do Estádio Wolney Braune, ex-presidente, com cerca de 5.000 lugares, na Rua Barão de São Francisco, no Andaraí, onde permaneceu entre 1967 e 1993, sendo negociado para a construção de um shopping center no local.
Em janeiro de 2000, o America inaugurou seu novo estádio, fora da cidade do Rio de Janeiro, no município de Mesquita. A sede social continuava na Rua Campos Sales, abrigada em um novo e moderno projeto.
O Estádio Giulite Coutinho tem capacidade para cerca de 15.000 torcedores, com possibilidades de ampliação até 32.000 lugares. Conta com um projeto moderno, ótima iluminação e uma distribuição de fluxo entre as torcidas que favorece o escoamento de público sem cruzamento.
As muitas dificuldades pelas quais a agremiação passa acarretaram a perda da sede social, com sua consequente demolição e a promessa da construção de um shopping center no local, agregado a novas instalações sociais.
O estádio em Mesquita sofreu danos com temporais e vendavais, quando a cobertura do setor social foi arrancada pela força do vento, que também danificou as torres de iluminação.
Mas a torcida americana é sempre assim, a começar por mim. Ainda lembramos com clareza o título da Taça Guanabara de 1974 sobre a magnífica equipe do Fluminense. Nosso time rubro contava com jogadores como Luizinho, Edu, o notável e disciplinado zagueiro Alex, todo um grupo memorável. Em 1982, com um time mais modesto, conseguiram sagrar-se Campeão dos Campeões, num torneio que contava com os principais clubes brasileiros.
Mais um aniversário do America Football Clube. A cor do pavilhão é a cor do nosso coração. Parabéns, America! Até a vitória, sempre!
Times como o América jamais deveria ficar de fora do cenário nacional, o que aconteceu com o América foi vergonhoso, a CBF foi a culpada disso além da incompetência de seus dirigentes, quem conhece a história sabe o estou falando. Volta América já…..
AMÉRICA do meu coração
Pra mim não tem igual
Deus salve o nosso America. Sangueeee Sangueeee. Vamos America
O meu o teu e o nosso America ou América será eterno enquanto durar. E a torcida América é sempre assim. Como todo bom brasileiro não desistiremos.nunca. Sangueeee, Sangueeee . Nossa glória virá.