Zona Norte tem mais de 13 mil hidrômetros furtados em um ano

Somente nos primeiros meses de 2024, foram furtados mais de quatro mil equipamentos na região, a mais atingida pelo crime na cidade

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Na Vila da Penha, morador construiu uma gaiola para proteger o seu hidrômetro / Foto: Reprodução TV Globo e G1

A depredação do patrimônio público e privado para a venda de materiais que rendam dinheiro em ferros-velhos clandestinos não encontra limites. Uma reportagem do RJ1, da TV Globo, veiculada nesta terça-feira (9), mostrou que a Zona Norte da cidade registrou mais de 13 mil furtos de hidrômetros entre janeiro de 2023 e abril de 2024, segundo dados da Águas do Rio. A matéria também foi reproduzida pela G1.

Nos primeiros quatro meses do ano, segundo a reportagem, foram furtados 4,6 mil hidrômetros, na região. A ação dos bandidos causa contratempos consideráveis aos clientes atingidos, que, além de ficarem sem água, ainda têm que desenvolver estratégias para proteger os seus hidrômetros.

No tradicional bairro da Vila da Penha, a ação de ladrões do equipamento é corriqueira. Na madrugada da última sexta-feira (5), câmeras de segurança, instaladas na Travessa da Amizade, flagraram a ação rápida – menos de 20 segundos –  de um morador de rua que furtou o componente de uma das residências locais, com calma e facilidade. O material furtado foi colocado dentro de um saco de lixo preto.  

O administrador de imóveis, Alessandro Gomes disse ao veículo, que as ações de ladrões de hidrômetro na região têm sido frequentes. Nem mesmo a sua mãe, Dona Ana, escapou da ação criminosa, tendo o hidrômetro da sua residência furtado, no último sábado, após a Águas do Rio determinar que o equipamento, que ficava na varanda da casa, fosse instalado na rua. Com o furto, Dona Ana mandou reinstalar o aparelho na sua varanda novamente.  Já Alessandro Gomes mandou construir uma “gaiola” em aço e ferro para proteger o seu hidrômetro.

“Eu construí essa gaiola toda de aço e ferro, vergalhão para evitar o roubo, agora vai ficar impossível do cidadão furtar o hidrômetro, não tem como tirar do lugar, só com ferramenta específica”, disse Alessandro ao jornal.

Atuando em 26 municípios fluminenses, a concessionária Águas do Rio também atende 124 bairros da capital, distribuídos pelas zonas Norte e Sul, além de Centro do Rio. De acordo com um monitoramento da companhia, a Zona Norte é a região mais vitimada por esse tipo de crime.

Diante do elevado número de ocorrências e os prejuízos por elas gerados, a companhia passou a instalados hidrômetros feitos com componentes metálicos, portanto, sem valor de mercado. As instalações do equipamento são gratuitas para os clientes da concessionária.

O RJ1 procurou a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) para repercutir os dados da reportagem e foi informado que a instituição está empenhada no combate ao delito, por meio de rondas e atuação ostensiva na região.

A PMERJ solicitou às pessoas atingidas pelo furto de hidrômetro que denunciem as ocorrências à polícia.

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