Considerado um dos bairros mais bonitos da cidade do Rio de Janeiro, o Leme tem memórias que acompanham o mudar dos tempos, seguindo o curso da história, como um navio, um navio guiado por um leme na bela orla carioca.
Durante o período colonial, a região onde hoje fica o bairro do Leme era extremamente isolada do trecho da cidade onde as pessoas viviam e áreas comerciais, públicas, sociais e culturais se encontravam. Já no Império, embora ainda fosse bastante afastando dos grandes centros urbanos cariocas, a região onde hoje fica o Leme era reduto de famílias ricas que faziam piqueniques e passeios para apreciar as belezas naturais do lugar.
“Por muito tempo, até o final do século XIX, existiam na localidade apenas o Forte Reduto do Leme, a pequena igreja de Nossa Senhora de Copacabana e algumas chácaras e sítios”, conta o historiador Maurício Santos.
[iframe width=”100%” height=”90″ src=”https://diariodorio.com/wp-content/uploads/2015/05/superbanner_66anos.swf-3.html”]
Com mais de meio século de tradição no mercado imobiliário do Rio de Janeiro, a Sergio Castro Imóveis sempre contribuiu para a valorização da cultura carioca
Como a presença de famílias aumentava cada vez mais para a realização destes passeios na região decidiu-se abrir uma via para facilitar o acesso.
Entre 1892 e 1894, o primeiro loteamento, cuja primeira via aberta se chamaria Rua Gustavo Sampaio, foi feito pela Empreza de Construcções Civís, que era de Alexandre Wagner, Otto Simon e Theodoro Duvivier, que é da família do humorista Gregório Duvivier.
Theodoro Duvivier, inclusive, foi um dos principais nomes no processo de urbanização e ocupação da então afastada região do Leme, Copacabana e outros bairros.
Já em 1906, após a inauguração do Túnel Novo (ou do Leme), a linha de bondes da Companhia Ferro-Carril Jardim Botânico chegou ao bairro, na Praça do Vigia, deixando a região mais urbanizada e acessível, o que possibilitou um rápido crescimento.
Começando em 1915 até meados dos anos 1930, surgiram as Comunidades da Babilônia e do Chapéu Mangueira. No Morro do Leme situava-se o Forte Duque de Caxias, construído em 1776, que foi desativado em 1975.
Além do Forte Duque de Caxias, o bairro apresentava outras quatro estruturas militares: o Forte da Ponta da Vigia, o Forte da Ponta do Anel, o Forte do Leme e o Forte Guanabara.
Nos anos 1950 e 1960, a verticalização e a especulação imobiliária atingiram o bairro em cheio. Muitos prédios foram erguidos neste período, entre eles, os hotéis Meridian, da rede frances Le Méridien, rebatizado em 2009 de Windsor Atlântica Hotel.
Em 1971, houve a duplicação do calçadão, uma obra que contribuiu muito para que as belezas do Leme fossem ainda mais apreciadas, fato que acontece desde o início da formação histórica do bairro.
O nome Leme foi escolhido devido à Pedra do Leme, que é contornada pelas praias da Urca e Botafogo e cujo formato, visto de cima, se assemelha ao do leme de um navio. Navio que passeia pela história e pelas belezas.
Gostaria de ver fotos da antiga estação de bonde que ficava na rua gustavo Sampaio esquina com a rua Antonio Vieira
Alguém tem fotos aéreas que formam o leme que deu nome à praia do Leme?
Alguém tem fotos das antigas fortificações militares da praia do Leme?