10 dicas para o trânsito carioca

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Traffic Jam por Nicolas MasséJá disse aqui no blog, uma das principais discussões que deve ocorrer nas eleições para a Prefeitura do Rio é sobre o trânsito carioca. Nunca houve tantos engarrafamentos como nos últimos anos, uma soma da falta de habilidade da atual Prefeitura com o excesso de carros na rua, foi um aumento de 30% na frota nos últimos 10 anos, mais de 420 mil carros e, claro, a maioria só com um passageiro.

A Veja Rio trouxe uma matéria hoje com 10 soluções para reduzir o trânsito retiradas do livro “Sorria, você está engarrafado”, de Mário Márcio, que traz exemplos que outras cidades adotaram e poderiam ser usadas no Rio.

Apesar de concordar com muitas das medidas, elas precisam passar primeiro por uma questão muito mais séria, a melhora do transporte público da cidade. Com ônibus lotados, sem ar condicionado e nenhum conforto, o mesmo vale para trens e metrô, não há como deixar o carro estacionado. Eu me uso como exemplo, só ao Centro que vou de ônibus, isso porque tem o Frescão.

Bem mas aí vao as dicas, retiradas do site da Veja Rio:

1 – Pedágio urbano: algumas metrópoles europeias como Londres, Oslo e Milão cobram tarifas de carros que circulam no centro da cidade. Os recursos arrecadados são investidos na melhora do transporte público. Em Londres, onde se cobra o equivalente a 35 reais por dia dos motoristas que utilizam as ruas do centro das 7h às 18h, a medida reduziu em 30% os veículos na região. Em Cingapura, o pedágio fez o uso de ônibus crescer 15% e o engarrafamento reduzir em 40%. No Brasil, a prefeitura de São Paulo já pretende implantar um pedágio nas avenidas marginais da cidade para reduzir o tráfego e aumentar a arrecadação municipal.

2 – Desmotorização: americanos e europeus estão aprendendo a viver sem carro com soluções simples. Em Manhattan, não há estacionamentos. Em Munique, na Alemanha, novos prédios só podem ser construídos sem garagem. Medidas como essas têm estimulado investimentos em transporte público de qualidade.

3 – Sistema de cotas: em Cingapura, há um limite de número de carros por família e cada licença pode chegar a custar 21 000 reais. Hoje, menos de 30% das famílias possuem carros.

4 – Vias e faixas exclusivas: Curitiba e Bogotá, na Colômbia, são exemplos de cidades que priorizam o transporte público a favor da qualidade de vida. Corredores exclusivos, que começaram a ser implementados lentamente no Rio, e ônibus de alta tecnologia atraíram a população que passou a usar carro para as horas de lazer e o transporte coletivo para o dia a dia de trabalho.

5 – Recuperação de ferrovias existentes e construção de novas: o transporte rodoviário que predomina no Brasil é um modelo urbano condenado em países ricos como Estados Unidos. Sobre pneus, a cidade se expande em baixa densidade, com crescente exigência de novas vias. Mais pistas, mais congestionamentos, mais poluição, maiores custos de infraestrutura e gestão. É fundamental investir no transporte sobre trilhos.

6 – Construção e manutenção de ciclovias, educação no trânsito e segurança: temos, no Rio, a maior malha de ciclovias do Brasil e a segunda maior da América do Sul, com 235 quilômetros, perdendo apenas para Bogotá, na Colômbia. Mas a má conservação das pistas, o trânsito feroz e o perigo de assalto são alguns dos obstáculos enfrentados pelos ciclistas na cidade. Enquanto isso, tanto em Copenhague, na Dinamarca, como em Amsterdã, na Holanda, programas governamentais estimulam desde cedo a prática do ciclismo, o respeito às regras de circulação e a convivência pacífica nas ruas.

7 – Criação de transporte hidroviário: algumas experiências já foram feitas ligando a Barra à praça XV. Na primeira viagem de teste, os tripulantes ficaram nauseados e nunca mais se ouviu falar sobre este tipo de transporte.

8 – Implantação de sinais inteligentes: tratam-se de semáforos que mudam o tempo entre o vermelho e o verde eletronicamente, de acordo com o fluxo momentâneo de veículos.

9 – Criação de multa positiva: em horários e locais pré-estabelecidos, o motorista que estiver circulando com menos passageiros do que o permitido é multado – um estímulo à carona solidária e à redução do número de carros em circulação. Na Coreia do Sul, desde 1996, a capital Seul cobra o equivalente a 4,80 reais de carros que passam por duas de suas avenidas com menos de dois passageiros. Resultado: a quantidade de veículos caiu 34% e a velocidade subiu 10 Km/h.

10 – Incentivos fiscais: um alemão interessado em obter a carteira de habilitação para dirigir é obrigado a pagar uma taxa de quase 2 000 euros, o equivalente a 4 450 reais. Além disso, impostos sobre a compra de automóveis, taxas de registro e de estacionamento são propositalmente elevados.

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