Por André Delacerda
Nascido em em 26 de junho de 1969 pleno Regime de Exceção, O Pasquim, “jornaleco” carioca de questionamento a ditadura militar, teve seu período de destaque em meio ao regime de trevas que se instalava no Brasil.
Além de provocar a ditadura, também era um veículo onde matérias sensacionalistas tinham lugar na capa, como na edição de número 105, que trazia em letras garrafais o título: “TODO PAULISTA É BICHA”, quem sabe uma provocação bem carioca aos paulistas.
O jornal também garantia parte de suas vendas impulsionada por séries como a “Entrevista Coletiva”, palavrões e ilustrações consideradas sujas. O Pasquim por seu humor aguçado e também ácido, conquistou o leitor carioca, mas ganhou um inimigo em cheio, a Censura Militar.
Millôr ressalta a alma totalmente carioca do jornal, em entrevista a imprensa:
“Na verdade influenciávamos o Brasil inteiro, porque não vivíamos no Brasil, vivíamos no Rio de Janeiro, ou melhor, em Ipanema”.
Para contar esses quarenta anos de história de humor apurado e coragem para enfrentar a Ditadura. Será lançado o livro "O Pasquim – 40 anos!", que chega às livrarias cariocas e brasileiras com 40 páginas.
Nele pode-se encontrar a compilação de 31 capas emblemáticas do carioquíssimo que tanto influenciou a imprensa brasileira naqueles anos negros.