Os patinetes elétricos, que conquistam adeptos na cidade desde 2018, foram retirados das ruas após a empresa responsável pelo aluguel dos equipamentos parar de operar devido à crise gerada pela pandemia do Coronavírus.
De acordo com a prefeitura, a empresa Grow comunicou formalmente ao município a interrupção dos serviços em abril, devido ao isolamento social na cidade. Diante deste cenário de incertezas, ex-funcionários da companhia foram demitidos e relatam não terem recebido direitos trabalhistas.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) recolheu os relatos dos trabalhadores que apontam a demissão em massa nas cidades onde a empresa Grow atuava, sem acordo prévio com o sindicato.
A Lei Trabalhista diz que os trabalhadores devem receber seus direitos até 10 dias após o fim do contrato e que a baixa em carteira digital é válida, mas o empregador precisa entregar ao funcionário os documentos da rescisão.
Em nota, a Grow informou que os desligamentos foram feitos via videoconferência com os gestores diretos de cada colaborador devido ao isolamento social e que a empresa cobriu o plano de saúde aos funcionários até o mês de junho.
Além disso, a empresa diz que ofereceu cestas básicas, cartas de recomendação e auxílio e assistência aos funcionários na busca de novos empregos.
Sobre a documentação, a empresa diz que foram disponibilizadas todas as orientações e documentações para saque do FGTS e Seguro Desemprego, assim como a baixa do contrato efetuada na Carteira Digital.
Em janeiro, outra empresa que oferecia o serviço na cidade, a operadora norte-americana de patinetes elétricos, Lime, anunciou que encerraria suas operações no Rio. A decisão foi anunciada pouco mais de seis meses após a entrada do serviço no mercado nacional.
O sucesso de patinetes elétricos no Rio gerou uma repercussão tão grande, que até uma lei municipal específica para a utilização dos equipamentos foi criada, a fim de evitar acidentes. Muitos pedestres reclamavam da alta velocidade e dos patinetes estacionados em qualquer lugar. Além disso, itens básicos de segurança, como capacetes, não eram utilizados pelos condutores.
Impressionante o posicionamento político desse e-jornal. A notícia sobre a retirada dos patinetes, uma imensa perda para a cidade que os havia aceitado de braços abertos, foi disvirtuada, para variar, para a perda dos direitos trabalhistas. Fazendo pouco caso das empresas que não tiveram mais condições de continuar a operar. Sem empresas não há emprego.
Grande perda para a cidade.