Prédio de luxo com piscina semi-olímpica ocupará último terreno da orla de Copacabana

A velha casa, demolida em 2013, dará lugar a um prédio moderno com 50 studios e alguns apartamentos maiores: projeto do arquiteto Thiago Bernardes.

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Foto: Marcelo Carnaval

Em outubro de 2013, a Avenida Atlântica, debruçada sobre a praia de Copacabana, viu sua última casa ser derrubada. A construção quase centenária era conhecida como “Casa de Pedra”, por conta dos elegantes detalhes rochosos contidos em sua arquitetura, inclusive no muro.

Após um longo tempo à venda, a construtora Bait, ligada a família Klabin, adquiriu o imóvel.

No lugar da velha casa, a Bait construirá o Edifício Atlântico, novo e audacioso projeto que promete abrilhantar, ainda mais, à orla da Princesinha do Mar. O projeto audacioso é do arquiteto Thiago Bernardes, neto do mestre Sergio Bernardes. Com a inauguração prevista para outubro de 2022, o imóvel já está dando o que falar nos bastidores do mercado imobiliário, não só pelas inovações tecnológicas que promete ter, como também pelo fato de que irá abrigar, em um de seus pavimentos, uma piscina semi-olímpica, com raia de 25 metros, e outra com borda infinita, que ficará localizada no rooftop (nome chique pra “terraço”).


O Edifício Atlântico, cujas unidades já estão sendo oferecidas, terá 50 apartamentos tipo Studio ao longo dos seus 11 andares, com preços que variam entre R$ 24 mil e R$ 32 mil pelo metro quadrado. Os studios medem em torno de 60m2. As unidades, que começam a ser vendidas no fim de agosto, terão os jovens e os executivos como público-alvo. O arrojado plano de paisagismo, que contará com plantas tipicamente brasileiras, será elaborado pelo conceituado escritório Burle Marx.

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Edifício Atlântico: a venda dos apartamentos terão os jovens e os executivos como público-alvo Burle Marx/Divulgação

Além das piscinas, o Edifício Atlântico terá academia, sauna, espaços de coworking e um wellness, oferecendo diversos tipos de procedimentos terapêuticos. Cada serviço utilizado será pago diretamente pelo morador.

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Edifício Atlântico: piscina semi-olímpica com raia de 25 metros Burle Max/Divulgação

Uma das principais empresas credenciadas para fazer a venda dos apartamentos no Edifício Atlântico, é a Sergio Castro Imóveis, que atua há mais de 70 anos no mercado imobiliário da cidade do Rio de Janeiro.

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Edifício Atlântico: outro ânuglo da piscina semi-olímpica com raia de 25 metros Burle Max/Divulgação

O Diretor Regional da Sérgio Castro Imóveis, Anderson Martins, que há anos trabalha com venda de imóveis na Zona Sul, comenta que o lançamento é uma oportunidade única, tanto para quem quer morar em um trecho privilegiado da cidade e com boas condições de pagamento, como para a cidade do Rio, que irá contar com um empreendimento totalmente diferenciado, e a poucos minutos do Centro da cidade, com garagem e também próximo a todos os modais de transporte.

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Edifício Atlântico: piscina com borda infinita Burle Max/Divulgação

“Um lugar como esse atende a demanda das pessoas na realidade em que vivemos, o condomínio terá espaços de trabalho compartilhados, algo que é uma tendência entre jovens empreendedores, lugar para cuidar da saúde mental, e lazer com duas super piscinas, tudo isso cercado por muito verde e a deslumbrante vista da orla mais bonita do Rio. É um ambiente voltado para a qualidade de vida“, explica Martins, destacando a grande expectativa para as vendas.

Já existe uma grande euforia por parte das equipes de vendas. Os corretores estão totalmente focados e preparados para atender os clientes interessados em morar ou investir em um imóvel magnífico como esse. Inclusive, pessoas tem ligado de outros estados e até do exterior para saber mais detalhes“, diz.

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Edifício Atlântico: Burle Max/Divulgação

Henrique Blecher, sócio e CEO da Bait, empresa responsável pela construção do empreendimento, destaca que o projeto traz um novo conceito de viver e morar na Cidade Maravilhosa.

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Edifício Atlântico: Burle Max/Divulgação

Nós acreditamos na integração de arquitetura, funcionalidade, tecnologia e sustentabilidade, construindo com a cidade um novo conceito em moradia urbana, que a valoriza a qualidade estética e se integra ao estilo de vida do carioca“, afirma.

História da Casa de Pedra

A casa era do início do século XX e pertenceu à Zilda Azambuja Canavarro Pereira, viúva de um militar. Zilda morou no local até 2012, quando faleceu, aos 101 anos de idade.

Por muitas décadas, Zilda morou na Casa de Pedra. Ao longo de todos esses anos, ela recusou inúmeras e milionárias propostas para vender o imóvel, que era seu xodó.

Após o falecimento da proprietária e a realização de um elegante leilão de arte com as peças que guarneciam a mansão, os herdeiros negociaram a casa por R$ 32 milhões com Omar Peres, presidente do Jornal do Brasil e conhecido restauranteur na cidade. No ano seguinte, em 2013, a Casa de Pedra foi demolida.

Um hotel de luxo, de 11 andares, seria construído no local onde antes ficava a última casa da orla de Copacabana. Com a chegada da crise financeira e o fim do prazo da legislação municipal para a construção de um grande hotel, Peres mudou de idéia e decidiu fazer um prédio residencial. Contudo, a propriedade se tornou alvo de uma disputa judicial entre o empresário Omar Peres, o Catito, e o fundo JGP, que tem como principal sócio André Jakurski. O fundo teria emprestado dinheiro a Peres quando da aquisição da casa.

Todo esse trâmite judicial impossibilitou a construção do empreendimento, que seria o primeiro prédio no Brasil desenhando por Zaha Hadid, primeira mulher a receber o Pritzker, considerado Como um Prêmio Nobel da arquitetura. Zaha faleceu em 2016. Peres então colocou o imóvel à venda, e alguns anos depois a Bait acabou por comprá-lo.




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5 COMENTÁRIOS

  1. Mais uma propaganda travestida de matéria jornalística… tá feio, Diario do Rio! A matéria é até legal e achei interessante, mas avisa que é propaganda, ok?

  2. Dá uma nostalgia saber que histórias de décadas estavam registradas dentro da casa que era o xodó da dona,e bastou sua morte para ser vendida,afinal as histórias eram dela e ela dava valor,já os herdeiros com o dinheiro da venda,poderão construir suas novas histórias, e assim surgirá mais um monstro na orla de Copacabana.

  3. Não entendo nada de mercado imobiliário, mas me parece que este tipo de imóvel, que tem sido chamado de studio, ou estúdio, em português, ou ainda atelier, será muito mais usado como garçonnière, pertencerá a idosos ricos e nunca a jovens ou empreendedores bem intencionados.
    Primeiro, porque são raríssimos os jovens com grandes somas de dinheiro, capazes de gastar acima de R$ 1,5 MILHÕES, para ter um quase alojamento estudantil, devido aos minguados 60 m².
    Segundo, porque qualquer empresário que saiba fazer conta não gastará tal fortuna, nem que seja para alojar seus convidados, mesmo que sejam importantes visitas estrangeiras deslumbradas com a praia mais famosa do país. Ele alugará um dos hotéis da orla.
    Portanto, como já disse, apesar de não entender de mercado imobiliário, vejo tal obra como um pombal de luxo, destinado a virar hotel, se quiser sobreviver.
    Conheci Sérgio Bernardes, meu chará, e, nem de longe, suas obras e ideias sobre arquitetura passavam perto de algo como este projeto.
    Posso ser nulo em questões de mercado imobiliário, mas acho que aprendi algo sobre arquitetura, uma disciplina humana importantíssima, capaz de planejar e executar com harmonia, usando a arte, as ciências e muito conhecimento cultural, o habitat, onde se desenvolvem as convivências individuais, familiares e de inter relações sociais, com conforto físico e mental e onde se possa preservar, com segurança e serenidade, a dignidade humana.
    Exatamente por isto, para mim, este pode ser um empreendimento imobiliário do maior sucesso comercial, mas, em termos de arquitetura, assemelho isto a um hotel de um só quarto, cujo proprietário não entende de administração financeira.

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