Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (11/11), o governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, anunciou que o estado irá terminar o ano de 2020 com o fluxo financeiro positivo. Segundo projeções da Secretaria de Estado da Fazenda (Selfaz), o saldo deve ser de R$ 600 milhões.
“Mesmo com uma redução do PIB grande, mesmo com uma redução da arrecadação grande, mesmo com o preço do barril de petróleo tendo sido reduzido, teremos um final de ano a celebrar. Temos algumas notícias históricas, quase impensáveis no ano em que passamos”, disse Castro, que completou.
“Eu lembro bem do dia que eu sentei, foi dia 28 de agosto, com o Guilherme e perguntei o déficit do ano. Ele me falou o incrível número de R$ 6,8 bilhões. Hoje, ainda temos um pequeno déficit, na casa de R$ 600 milhões. Não tenho dúvida que fecharemos o ano no azul. Até para as ações que ainda estamos fazendo. Esse anúncio só é possível porque conseguimos empurrar o Regime de Recuperação Fiscal para o ano que vem”.
Em função das crises financeiras que assolaram o estado, como a pandemia de Covid-19 e a queda no preço do petróleo, o resultado foi muito comemorado pela administração estadual.
O secretário Estadual de Fazenda, Guilherme Mercês, disse que o fluxo financeiro do estado não terminava positivo há anos. Ele atribuiu o resultado a uma série de parcerias com órgãos de diferentes esferas, como o Ministério Público do Rio (MPRJ), a Controladoria Geral do Município e o Tribunal de Justiça do Rio.
“A nossa projeção é que o estado do Rio de Janeiro, mesmo diante da pandemia, consiga fechar o ano com o caixa no azul, o que não acontece há muitos anos. Esse foi o caminho que a secretaria perseguiu”, afirmou Mercês.
‘Não queremos dar calote’, diz governador
“Pagaremos o 13º integralmente no dia 15 de dezembro, e o salário [de novembro] será no dia 1º [de dezembro]. O estado hoje ainda não tem condição de fazer o que a lei manda, que é o pagamento no quinto dia útil. Mas estamos perseguindo isso”, disse Castro.
O governador disse também que “o Rio de Janeiro começa um novo tempo“.
“Não ter mais dúvidas de que pagará aos servidores, de que fará o investimento necessário, e também do acordo definitivo do petróleo. Com essas ações, a gente vai passar o tempo de recuperar o Rio de Janeiro. Falei para o ministro [Paulo] Guedes que não queremos moratória, não queremos dar calote em ninguém”, afirmou.