Taxa de contágio por COVID-19 aumenta no Rio de Janeiro

Grupo de Trabalho sugere uma série de iniciativas para o controle do novo pico. Caso não surtam efeito, especialistas recomendam novo lockdown

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Foto: Andre Coelho/Getty Images

O Rio de Janeiro enfrenta uma nova onda de aceleração no contágio pelo coronavírus. Na quinta-feira (10/12), a taxa de contágio da doença, de acordo com nota técnica divulgada pelo Grupo de Trabalho (GT) Multidisciplinar para Enfrentamento da COVID-19, era de 1,45 na cidade do Rio de Janeiro e de 1,33 no estado.

Guilherme Travassos, membro do GT e professor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe/UFRJ), explica que a curva de contágio passou por uma pequena queda nos últimos meses, mas com a reabertura e a diminuição dos cuidados por parte da população, o Rio enfrenta um novo pico.

“O aumento indica que a velocidade com que o vírus está se propagando aumentou, fazendo com que mais pessoas possam se contaminar a partir de um único indivíduo infectado. Diferentes eventos podem ter contribuído, mas o aumento de circulação e aglomerações pode ter ajudado bastante para que isso ocorresse”, explica.

Os dados da nota técnica mostram ainda um aumento em todas as áreas do estado, com destaque para a Região Noroeste, que abrange Itaperuna e Santo Antônio de Pádua. Lá, a taxa de contágio chega a 1,65. Já a Região Serrana, que inclui Petrópolis e Nova Friburgo, e a Região do Médio Paraíba, com Volta Redonda e Barra do Piraí, apresentaram taxa de 1,54.

O documento também traz previsões estatísticas em três cenários distintos. Com um isolamento total imediato, a curva seguiria em crescimento por apenas mais 7 dias, enquanto com um novo lockdown iniciado em 20 dias, a curva se manteria por mais 21 dias. Se nenhuma medida de isolamento for tomada, a subida deve se manter por mais 35 dias, com estimativa de mais de 760 mil casos sintomáticos no período.

A tendência é de aceleração e consequente aumento de casos, conforme indicado nas simulações, se nenhuma atitude for tomada pela população ou algum evento ocorrer para contribuir na redução dessa velocidade. Tais atitudes têm sido largamente divulgadas pelos especialistas da saúde, como uso intensivo de máscaras, álcool em gel, lavagem das mãos, evitar colocar as mãos na boca ou nos olhos, evitar lugares fechados, não realizar festas e manter distanciamento social, não aceitando aglomerações desnecessárias”, conclui.

O Grupo de Trabalho sugere uma série de iniciativas para o controle do novo pico, como a abertura imediata de novos leitos de enfermaria e UTI; contratação emergencial de profissionais de saúde; aquisição de insumos para a assistência de pacientes; ampla realização de testes PCR, com isolamento de pacientes positivos; suspensão de eventos presenciais e fechamento de praias; e aumento da fiscalização dos estabelecimentos abertos.

Os especialistas pedem ainda que, caso as iniciativas não surtam efeito, as autoridades voltem a analisar a possibilidade de novo lockdown no estado.

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6 COMENTÁRIOS

  1. Mentira o que? Perdi meu filho de 32 anos, minha sobrinha positivou, o povo do RJ estão achando que é brincadeira…vivem passeando e brincando como se não houvesse amanhã… várias pessoas sofrendo e, ainda duvidando, pensando Natal, réveillon e carnaval? Pelo amor de Deus, né?! Revoltante

  2. Meu nome e adonys meu PADASTRO morreu 3 primos meu morreu 2 vizinha por pouco minha mãe não morreu todo isso nas 4 semanas que chegou o CORONA ora o RJ Copacabana

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