Por volta das 19h50 desta terça-feira (22/12), Marcelo Crivella (Republicanos) chegou ao presídio após a Justiça ter determinado, em audiência de custódia, a manutenção da prisão preventiva que havia sido decretada pela manhã. Depois de passar por Benfica, porta de entrada do sistema penitenciário do Rio, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) decidirá para qual unidade Crivella e os demais presos serão levados.
A legalidade do procedimento de prisão na operação da polícia e do Ministério Público (MP) foi avaliada, conforme determinou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin. Ao ser ouvido, Crivella afirmou que não houve excessos durante o cumprimento do mandado de prisão.
De acordo com o TJRJ, as audiências de Adenor Gonçalves e Fernando Moraes – com suspeita de Covid-19 – foram adiadas para quarta-feira (23/12) e aconteccerão por videoconferência. Eles deverão ser levados para o Hospital Penitenciário.
Também participaram da audiência de custódia e foram levados para Benfica os seguintes presos na operação:
- Rafael Alves, empresário apontado como operador do esquema;
- Mauro Macedo, ex-tesoureiro da campanha de Crivella;
- Cristiano Stockler Campos, empresário.
Antes de entrar no Fórum, o advogado de defesa do prefeito, Alberto Sampaio, informou que pediria o relaxamento da prisão.
A audiência não teve a participação de público por causa da pandemia de Covid-19. Puderam participar apenas os advogados dos envolvidos na audiência, que começou às 15h. A desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, que deu a ordem de prisão, foi quem fez audiência de custódia.
Após ter sido detido, Crivella negou as acusações e disse ser vítima de “perseguição política”. Após a prisão, a Justiça determinou o afastamento do prefeito das funções públicas.